segunda-feira, 30 de maio de 2011

Apenas um desabafo

Deus, obrigada por ter me tomado pela mão, e ter me trazido para junto de Ti, não foi fácil, mas estou aqui, Creio em Ti!

Até que enfim: F E L I C I D A D E !

Mãe, você ainda faz falta, e sempre fará, mas como se eu fosse um pókemon, evolui, e compreendi que  a morte é só parte do trajeto, é um recomeço. (Mas que dói, dói!).

Pedro Henrique, meu pequeno olhos negros, quer M... ter te perdido, ferida que nunca cicatriza, toque na alma que nunca se esquece, medo que nunca passa. Você me fez mãe, mãe de um ajo lindo, obrigada!

Maria Luiza, minha pétala de rosa branca, não ter te conhecido com vida carimbou na minha alma uma dor incalculável. Você me fez coragem, Obrigada!

Vida, sua ingrata, eu sobrevivi, você trouxe a dor, FDP, eu tinha amor, amor e amor, nesta batalha eu te venci!

Vitória, minha Deusa de Ébano, que magnifico foi não ter desistido, ganhei de Deus, Você. Fim do choro, começo do riso, fim da dor, recomeço da vida, fim da solidão, começo da minha historia de amor.

2 anos, 2 meses e 7 dias. Obrigada Deus.

domingo, 29 de maio de 2011

Amizade, construção sólida!


Ando ficando velha, e como todo bom ansião, começo a pensar muito sobre a vida, sobre a minha vida e o que construi nela.
Em questão de bens materiais, pouco construi, pelo contrário, durante um bom período da minha vida tive mesmo é que me desfazer da maior parte dos bens materiais que havia conquistado, o que me deu a certeza de que bem material, na realidade pouco vale.
Depois de uma relação conturbada e péssimamente sucedida, perdi bens essenciais para qualquer pessoa, como a auto estima, a confiança na lealdade das pessoas, a confiança em mim mesma.
E assim fui descobrindo que existem coisas que inevitavelmente iremos perder, que existem pessoas que certamente irão nos decepcionar um dia, mas descobri também, que mesmo que eu perca tudo, se houver em minha vida o amor, tudo pode ser reconstruido.
E quando falo em amor, não estou falando desse sentimento egoista e dominador que une homens e mulheres, mas falo desse sentimento nobre e multiplicador que é o amor que nasce no coração dos amigos. A amizade é o amor que se divide sem que se diminua, que supera o entendimento de muitas pessoas.
E ainda assim cometi alguns equivocos, como acreditar que a amizade só valia ou duraria se tivesse a presença diária e constante, hoje sei que isso é mito.
Minha maior representação de amizade, mora a aproximadamente 600km de mim, e a cada 4 ou 5 meses temos algumas poucas horas de encontros presenciais, poucas e intensas, verdadeiras, fortes, como só a amizade é capaz de proporcionar.
Quando eu não acreditava mais em mim, quando eu quis desistir, lá estava ela, me animando, me mostrando com suas verdades o que ainda havia de bom a ser conquistado, quando eu estava imensamente feliz, radiante com as conquistas da vida, lá estava ela comemorando comigo, com uma felicidade sincera que só um amigo é capaz de sentir ao ver o outro feliz, quando eu estive desolada, partida em pedaços, ela permaneceu ao meu lado,chorou comigo e me ajudou a colar meus pedaços.
Hoje tenho a certeza de que Deus nos dá irmãos de alma, pessoas que teremos que encontrar e reconhecer ao longo da vida.
Renatha, se hoje olho para a vida com alegria, com sonhos e esperança, devo muito disso a você, que é amiga, irmã, que é um ser de luz que Papai do céu colocou no meu caminho.
No dicionarios da minha vida, significado de amor é amizade, e o significado de amizade é Renatha.
Obrigada por ter me ajudado a abrir as portas da minha alma para felicidade entrar.
Amo-te minha amiga!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Palmadas - é possível educar sem elas! ? ! ?

Sim, o título de post é um questionamento na mesma proporção que é uma afirmação.
Questiono para saber novas opiniões, para entender um pouco como alguns pais se sentem diante desta questão.
Ultimamente esta questão das palmadas vem ocupando certo espaço na mídia, e eu particularmente gosto de prestar atenção em tudo que sai na TV, revistas e jornais, principalmente quando o assunto tem a ver com infância e educação.
Em casa a lei aqui é a do diálogo, a autoridade é demonstrada em atos, e não de forma ditatorial como no caso das palmadas, e o respeito é conquistado com o carinho, muito carinho e demonstrações constantes deste carinho.
Sobre os pais que são adeptos as palmadas, não julgo, compreendo que cada qual tem seus métodos, cada qual consegue seus resultados através de meios próprios.
Só questiono uma coisa, como formaremos adultos abertos ao diálogo se não dialogamos com nossas crianças?
Educar não é somente um mar de rosas, e tão pouco é algo fácil, exige demasiada paciência, disciplina, comprometimento, envolvimento, amor, e nunca teremos garantia e que ará 100% certo.
Na minha casa por exemplo, durante a minha infância, esta questão era misturada, meu pai adepto ao chinelo, sinto e gritos, e minha mãe adepta ao dialogo, ao carinho, e se for pesar, a receita da minha mãe deu muito mais certo.
Eu apanhava todos os dias, e não eram simples palmadas, e o que eu fazia, desafiava meu pai, só chorava escondida depois de apanhar, e no instante seguinte, depois que passava a dor, lá estava eu novamente, aprontando novas e piores traquinagens. Sem contar das vezes que eu apanhava erecebia logo um carinho em seguida, ou seja, as palmadas não tinham serventia nehuma.
Já com minha mãe o método era outro, se desobedecíamos ela, ela nos dava um gelo, dizia que se não podíamos parar para ouvi-la em suas necessidades, ela não poderia parar para as nossas, ai não aprontávamos que era para não perder o colinho de mãe.
Qual método é correto, os dois, ou nenhum, quem sabe?, afinal, não há uma receita de como sermos pais, não nascemos com manual, tão pouco nossos filhos, mas uma coisa é fato e universal, só saberemos dar aquilo que recebermos.
Esta questão da palmada ainda dará muito o que falar, e eu , como mãe, formadora de opinião e por que não educadora, adoraria ouvir  o que outros pais têm a dizer, compartilhar experiências.
A experiência que tenho a compratilhar é a politica do diálogo, que por aqui, tem dado super certo.
Palmada dói, e dor não é legal!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Até quando quero ser mãe

Nesses dias em que sumi da net um pouco refleti um pouco sobre a minha própria vida, e sobre as escolhas que eu teria para frente.
Eu fui criada como uma verdadeira filhinha da mamãe, e do papai também, e da mesma forma foi com a minha irmã. Meu pai militar  na ativa durante a minha juventude não se cansava de bater no peito e dizer que as filhas do sargento Moreira não precisavam trabalhar, que ele tinha condições de cuidar de tudo.
Depois que ele se aposentou como subtenente, a frase mudou e passou a ser: filhas de subtenente não precisavam trabalhar, e com isso o tempo foi passando.
Quando eu já estava com 23 anos e minha irmã com 34 anos, minha mãe faleceu, e ai pesou sobre a gente a tal politica de filha de militar não precisar trabalhar.
Meu pai juntou as coisas dele e foi morar com uma mulherzinha muito da ... que minha mãe havia acolhido dentro de casa, dado amparo e que sem noção nenhuma de gratidão sacaneou minha mãe dentro do nosso próprio teto.
Até ai tudo bem, ele tem o direito de refazer a vida dele, mesmo nós não concordando com a qualidade da escolha dele, mas o porém é que ele deixou a casa com a dispensa vazia, contas de agua e luz e  atrasadas e duas filhas desempregadas para trás,sob os argumentos de que dali pra frente teríamos que nos virar sozinha.
Passamos fome, ficamos dias sem agua e luz, dependendo de vizinhos encherem nossas caixas d'aguas e doarem velas, dependendo de caridade pra comer, e agora q com sacrifício colocamos as coisas no lugar, ele vem bater no peito dizer que a casa dele e que ele quer a casa pra por a venda.
É minha afirmação esta certa, sou órfã de mãe morta e pai vivo.
Engraçado, renuncia aos deveres de Pai, limita as filhas ao máximo, durante a vida toda pesca o peixe e qdo se cansa, mandar sair pescar sozinha, sem nenhuma orientação e qdo a pescaria começa a dar certo, vem colher os lucros.
É eu não sabia que pai tinha prazo de validade!
E pensando sobre isso, conclui que quero ser mãe até, mais ou menos, por toda a minha vida, assim como minha mãe foi para mim.
Mas não quero ser a mãe que limita e poda, como foi meu pai, e depois joga no mundo sem preparo nenhum e diz, vá a luta, quero ser a mãe q instrui, que prepara e acompanha.
Já tive raiva, desprezo e também respeito pelo meu pai, hoje olho e tenho pena. Militar aposentado, muito bem aposentado, comerciante, tem sua padaria e sua casa e mesmo assim, ao invés de viver em paz, escolheu viver atrás de mim e da minha irmã, pra brigar por dinheiro q nem temos, e para tirar um bem q nos é de direito.
Feliz, isso já tenho certeza de que ele não é, pois quem é feliz, não perde tempo atormentando os outros.
Mas de tudo isso tiro uma lição boa, do tipo de mãe que quero e devo ser e de por quanto tempo desejo isso.
É Vitoria, você terá que me aguentar, pois tenho amor e cuidado para te dar por essa e mais umas mil vidas inteiras.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Homenagem ao Dia das Mães

Geralmente no dia das mães, nós mães somos alvos das homenagens, eu peguei  a via contrária, e vou deixar uma homenagem a uma baixinha que não entende a vida a vida ainda, mas que já faz a minha vida ter total sentido.
Vitória:

Dizer que te amo é pouco e pequeno diante desse turbilhão que tenho dentro de mim. Aprendi contigo a amar a vida em cada detalhe, a cada milésimo de segundo.
Nunca pensei que um dia fosse haver alguém que me fizesse ter tanta vontade de viver,de lutar, de batalhar.
Minha vida recomeçou no instante em que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, e ali eu tive a certeza de que daquela vez, era a minha chance, a minha vez.
Amei tudo em você o choro, o riso, o sono, o silêncio, e amo.
O primeiro sentar, o primeiro engatinhar, o primeiro andar, a primeira palavra, o cheiro, a pele, te amo com a imensidão dos mares, e na proporção do infinito.
Meu dia só começa bem depois de ouvir, acorda mamãe, o sol já acordou, óh, a guerra de beijo, pronto, esta ai o prenuncio do dia mais feliz que eu poderia ter.
Adoro o uta de urso, a guerra de beijos, a chuva de cócegas, dormir agarradinho, adoro você e a vida que levo com você.
Tenho medo enorme de te perder, ou de faltar para você, pois é amor demais para não ser completo.
Diz os papéis dos médicos que eu te dei a vida no dia 21 de Março, sabe o meu coração que você me deu a vida nesta data, você me resgatou!
Te amo com doçura, mas também com o instinto de fera, te amo com a alma.
E este é um amor que vive em constante transformação, se ampliando e se lapidando cada vez mais.
Amo o seu jeito de andar pulando, de brincar cantarolando, de conversar com o amiguinho imaginário, de pentear os cabelos das bonecas, repetindo as coisas que falo para você quando penteio seu cabelo, amo a sua comidinha,  amo a sua destreza com as coisas, a sua sensibilidade, amo o modo carinhoso como me acorda, e como se despede pra dormir.
Amo que amo, e a cada dia amo mais, amo o som da sua voz a me chamar pela casa, amo quando você pronuncia a palavra coba (boca), amo o seu cheirinho, amo como seu corpinho se encosta no meu a noite, buscando segurança e calor, amo as suas birras e desobediências, e amo como você corrige tudo ao simples sinal de: Vitória, assim não pode!
Amo o seu sono, e amo o seu despertar, amo a forma como você me ensina a te amar.
Obrigada minha pequena, por ser tão gigante em minha vida!
Obrigada por me proporcionar a comemoração deste dia!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sobras do blog Pequenos olhos Negros

Descoberta

Com 1(um) ano de idade descobri meio aos trancos que eu tinha equilíbrio e que ele me permitia ir da estante até o sofá sozinha.
Já aos 2 (dois) anos descobri o quanto era divertido lotar a boca de comida e depois jogar tudo para fora, de preferência sobre um outro prato que não o meu;
E assim as descobertas iam aparecendo ano a ano.
Aos 5 anos descobri que acordar cedo para ir para escolinha era chato para caramba, mas era muito gostoso o café que minha mãe preparava.
Aos 10(dez) anos descobri como era bom poder sair na calçada sozinha, e melhor ainda poder atravessar a rua.
Aos 15 (quinze) anos descobri que ser adolescente não é tão divertido quando dizem, existem conflitos e fantasmas que não entendemos onde surgem e nem sabemos como fazê-los ir embora.
Aos 20(vinte) anos descobri que havia perdido muito tempo na vida deixando as coisas para um momento mais adiante, descobri então o valor do imediatismo.
Aos 23 (vinte e três) anos descobri que perder a mãe é uma dor gigante e que ela causa a sensação de que tudo esta perdido, de que não há mais razões para viver.
Aos 24(vinte e quatro) anos descobri que estar grávida era algo gigante e mágico, que trazia consigo a paz, a calma, a felicidade.
Aos 25(vinte e cinco) anos, descobri que viver todos esses anos me trouxe muitas descobertas, experiências e lições, como a de que de perder um filho é a maior dor que uma mãe pode sentir, que para amar é preciso fechar os olhos e os ouvidos e aceitar que o amor é cego, surdo, burro e louco, e descobri que ser enganada dói, que perdoar é maravilhoso, que esquecer é possível, recomeçar também, e que o amor sem respeito é nada, que a amizade é tudo...e de que tudo isso não é nada se eu não souber o que fazer com os resultados que essas descobertas trouxerem.
Aprendi que amar não é suficiente, que calar não basta, e que as pessoas nunca mudam, nem pelo amor, nem pela dor e muito menos pelo que eu possa representar na vida delas.
Descobri que a vida não acaba ou começa aos 25, que mágoas e dores são imprevisíveis e que nunca, nunca mesmo, nem por intuição saberei quando e o quanto as pessoas estão mentindo para mim, e a única coisa que poderei fazer é continuar amando ou esquecer, ou o fato ou a pessoa.
Vivendo a gente vai descobrindo que só as pessoas que amamos podem nos ferir, e que elas não fazem idéia do tamanho e da força da dor que causam na gente.
Descobri que essas coisas todas são mínimas diante da felicidade que trago em mim.
O importante...nunca canso de descobrir....

Resgate do meu antigo blog

Tentando identificar quem sou...

Vou lhe ser sincera...eu não saberia dizer quem sou com tanta exatidão quanto você que me observa de fora.
Eu posso falar dos meus sentimentos, mas nem sempre eles refletem quem sou.
Mas, não custa tentar...
- Sou uma pessoa que já sentiu o gostinho da dor, da dor de ver a minha mãe morrer nos meus braços, da dor de ver os filhos morrerem sem nunca tê-los tomado nos braços, da dor de ser traída por alguém que fazia parte da minha família. E o que eu fiz diante da dor?
Diante da experiência nada agradável de ver minha mãe morrer em meus braços tirei minha lição de vida, fiz dela meu exemplo e tento alcançar um pouco da mulher mágica que ela foi .
Diante da dor de perder meu pequeno com apenas dois dias de vida, e minha pequena com 7 horas de vida, só desejei e consegui ser diferente dos outros, enquanto as pessoas perguntavam Deus por quê? Eu dizia Deus obrigado pela maravilha que é poder ser mãe e pedi a Ele a oportunidade de sentir novamente a sensação de gerar uma vida...e Ele me ouviu!
Diante da dor da traição, sinceramente pensei em me vingar, mas ai pensei...o q eu eu ganho com a vingança?
Então perdoei, abri um buraco bem grande pra esquecer a traição e matei o traidor no meu coração.Mas só depois de pedir muito a Deus que mude a cabeça dela, que a faça amadurecer e perceber que o importante da vida não é o que se tem, mas quem se tem, e que a conduta de vida dela só a levará a um caminho: a solidão.
- Sou também uma pessoa que já sentiu e bem de perto o sabor da felicidade e da realização, quando soube que seria mãe, quando vi meu filho nascer de parto normal e descobri que sim, todas as mulheres nascem predestinadas a serem mães, e o que muda é só o poder do que elas trazem em seus corações.
Fui e sou feliz na escolha de meus amigos, poucos, intensos, companheiros, para a vida toda.
Defeitos? Incontáveis. Mas acredito que o pior deles seja o escudo que construí para evitar que as pessoas alcançassem meus sentimentos além do espaço que eu permitia.
Características? Hehe inúmeras. Marcantes? Quem sabe!
Falo pelos cotovelos...mas digo muito mais coisas é quando me calo.
Se estou feliz te procuro e compartilho. Se estou triste me isolo e resolvo isso a sós com meus fantasmas particulares.
Um exemplo de vida: Minha Mãe!
Um porto seguro: Meu Pai! Ando meio a deriva agora!
Um amor imenso e sem limites: Pedro Henrique, meu pequeno olhos negros! MAria Luiza, minha princesinha! E Vitória, minha vitória!
Uma experiência digamos que complicada e perfeitinha: Arilton, o dono da banca,  ex dono!
Uma conquista: A compreensão da morte não como um fim, mas como um breve intervalo.
Uma realização: A maternidade
Um desejo: Que Deus me conceda a benção de ter um bebê saudável e ser para ele a pessoa certa em todos os momentos. ( Ele me ouviu novamente)
Uma revolução: A religião em minha vida.
Um momento inesquecível: Três momentos vai...inesquecíveis e estranhos: 1° A última visita que minha mãe me fez após sua morte; 2° ter sonhado com o rosto do meu Pedro antes dele nascer, e ele ter nascido exatamente como sonhei meses antes; 3° Quando minha mãe trouxe meus filhos nos braços pra me dizer que ele seria bem cuidado (Momentos que eu nunca saberei explicar até que ponto foram reais, mas foi gigante a experiência de meu filho ser exatamente como sonhei).
Pronto...esta aí um pouco de mim...as opções agora são inúmeras:
Me internem;
Me ignorem;
Me admirem,
Só não passem pelas experiências que eu passei, as marcas são pesadas demais.