quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quando a maternidade não resolve

Depois que deixei meu lado anti social de lado, e passei a me comunicar mais com as pessoas, conheci mais mães que vivem que na mesma situação que eu, ou seja, solteiras e com seus filhos para criarem.
Muitas delas nem se quer recebem a pensão de seus filhos, e tantas outras quase nem se lembram do rosto do pai de seus filhos.
Neste mundo de mães e filhos solteiros, afinal, as situações de peso e dificuldade apertam não só para as mães, mas para os filhos também, nesse mundão, descobri a minha maior fraqueza, que é a de nada poder fazer quando a minha pequena chama pelo pai.
O pai da minha filha é um mutante, porque em determinado tempo é presente, pai competente, paga pensão, dá presente, no momento seguinte, desaparece,  e passa a aparecer 1 vez por mês, no dia da pensão, numa visita relâmpago, promete o mundo e não cumpre nada.
Nesse meio campo confuso, minha filha, que quer ligar para o pai todo dia, chama por ele, cobra de mim o porquê do pai ter dito que vinha e não ter aparecido, e eu sempre com a mesma desculpa, seu pai esta trabalhando filha. Essa era a desculpa, até ela aos dois me dizer, mas você trabalha e está aqui.
Pedi forças pra Deus, e expliquei que o trabalho dele é diferente, cansa mais, e é muito longe, mas no fundo eu queria ter respondido que neste jogo, somos somente nós duas, que o pai dela não vem vê-la porque não quer, afinal, não perde um final de semana de futebol, mas não respondi, mais uma vez contornei a situação.
Ai me vi diante de uma situação que a maternidade de nada vale, pois não é a minha ausência que ela sente, eu estou sempre presente, não existe emprego, compromisso, doença que me faça perder os momentos de minha filha, que me faça sair do lado dela, me senti impotente.
Nada tem tanta capacidade de ferir o coração de uma mãe, do que aquilo que atinge o coração de seu filho. E é o que esta acontecendo aqui em casa, a raiva que o coração da minha filha não conhece, esta nascendo no meu coração, a cada choro, a cada promessa que o pai faz e não cumpre.
Dia 13 na escolinha dela tem a festa do dia dos pais, e o pai dela disse que não sabe se vai poder ir porque tem que trabalhar, engraçado, se fosse uma partida de futebol, ele já teria conseguido dispensa, ou inventaria uma dor de estômago pra ficar em casa.
Fico vendo uns pais que levam os filhos ao parque, a escola, que brincam, que interagem, e sinto por ter escolhido tão mal o pai para a minha filha.
Mas, quando a maternidade não resolve, o amor ameniza!

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