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sexta-feira, 10 de maio de 2013

O que é preciso para se fazer uma mãe!?

Papel de Parede_Dia das Mães_LuBrito

Quando eu era um cisco de gente, e ainda não saba que era filha adotiva, achava que para ser mãe bastava ficar grávida e dar a luz, ai eu cresci e as coisas mudaram um pouco de figura.
As vezes eu uso o termo mãe e alguém me pergunta, sua mãe de verdade ou sua mãe adotiva? Uma ressalva, eu tive apenas uma única e verdadeira mãe, pois como ela mesma costumava dizer, pode se nascer da barriga e carregar os laços de sangue, ou simplesmente nascer do coração e carregar apenas os laços do amor.
Pois bem, em uma conversa com minha mãe um dia, ela me contou a parte que cabia a mim saber sobre minha adoção, e eu perguntei a ela como ela conseguia amar alguém que não era parte dela, e foi na resposta dela que entendi pela primeira vez o que era necessário para se fazer uma mãe.
Neste dia, diante do meu questionamento ela me respondeu – como assim não é parte minha? tive que abrir meu coração para te fazer minha filha, perdi noites de sono ao lado de sua cabeceira enquanto você queimava de febre, chorei em todas as suas apresentações da escola, morri um pouco por dentro quando você adoeceu e achavamos que não teria volta, me orgulhei diante de seu primeiro diploma de formação na escola, depois me orgulhei quando você recebeu seu diploma de graduação, quase morri o dia em que você não dormiu em casa pela primeira vez, tenho um registro seu em meu nome como sua mãe, te amo e daria a minha vida pela sua felicidade, você ainda acha que você não é minha, que não nasceu de mim? Você nasceu do melhor lugar de mim, você nasceu do meu coração e da minha capacidade de amar.
Nem que eu viva mil anos eu vou esquecer o dia dessa conversa, e apaz que ela trouxe para o meu coração, a certeza que ela me deu para seguir feliz o meu caminho. Foi neste dia que eu entendi que para se fazer uma mãe era necessário amor, disposição para se doar em beneficio do outro, disposição para ter o coração batendo fora do peito.
Este ano será o oitavo ano que não terei minha mae aqui para abraçar, para acarinhar, mas tenho ela em meus gestos, pq a mãe que sou, tem muito da mãe que tive.
Hoje, mulher, mãe, adulta, conheci outras mulheres que assim como minha mãe, merecem muito este título, mulheres que abandonam o seus anseios e desejos em detrimento da felicidade da familia e dos filhos, mulheres que sofrem com os filhos adolescentes que saem para se divertir levando consigo o sossego do seu coração de mãe, mães que lutam pela vida do filho como quem defende a própria vida, e de fato defendem, mães que tiveram seu coração dilacerado a perder  o filho tão sonhado.
E pensando a respeito do que é preciso para se fazer uma mãe, chego a conclusão de que tenho que agradecer imensamente à minha mãe que não partiu sem me deixar como herança todos os instrumentos para que eu pudesse ser para a minha filha uma pequena porcentagem do que ela é para mim.
Tenho que agradecer  à minha mãe por mesmo depois de partir, ser presente em minha vida através das lembranças e da experiência de vida que ela me deixou.

Para as mães que aqui estão, para as mães que já partiram, deixo o meu Feliz dia das Mães.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cuidando dos reflexos

espelhoMuitas vezes vemos nos outros falhas que são nossas, mas não a assumimos.

Nos últimos tempos notei que minha filha Vitória anda muito mais agitada, mal comportada, birrenta, e juntando a tudo isso, acorda todos osdias de madrugada para comer e ver desenho

Quem vê de fora dirá, nossa, menina de mal comportamento, tão pequeno e já tão desregrada. Errado! Mãe que abriu mão de algumas regras, que mudou os hábitos e isso confundiu a cabeça dela com certeza.
Descobri em mim a solução para os problemas com os hábitos da Vitória.

Antes tinhamos passeios frequentes, e eu chegava do trabalho e me acabava de brincar com ela, ai quando íamos dormir, ambas estavam cansadas, e com isso o sono era mais proveitoso.
Hoje chego dou atenção, até brinco, mas na maioria dos dias assitimos desenho e dormimos, para uma criança que já dormiu durante a tarde, é lógico que sobra bem pouco sono para  a noite.

Antes os passeios eram semanais, na realidade, quase que diarios, todo dia achava o que fazer na rua, parquinho, shoppinterapia, brincar na rua, andar de bicicleta, e agora só saimos nos meus dias de folga e olhe lá, porque a maioria deles estou em casa, com a atenção toda voltada paras as pequenas reformas que estou fazendo e para as que ainda quero fazer.
Aí eu me pergunto, foi ela quem mudou? Ela que está mal comportada?Não!
Crianças são extremamentes sensíveis ás mudanças de hábitos em casa, podemos construí-las ou destruí-las em seus bons hábitos.

E é justamente para esta sensibilidade que estou voltando as minhas atenções agora. Para o resgate da mãe que sempre fui, e que me trará de volta a filha que a minha princesinha sempre foi.

Reeorganizei minha mesa do computador, para que volte a caber o lao top de brinquedo dela, para que ela volte a me fazer companhia sempre que eu quiser estar na internet. Reorganizei meu tempo e minhas tarefas, para que haja tempo de eu brincar de bonecas, de comidinha, assistir filme, e ainda sim, passear na rua, no parque, na pracinha.
Reorganizei o cardápio e os horários das refeições, e voltei a brincar de desenhar com a comida nos pratos, e deu resultado, pois hoje o jantar foi devorado todinho, e aos poucos, os olhinhos de ovos cozidos, o nariz de tomate cereja, a boquinha de arroz, o cabelinho de feijão e toda a saladinha que enfeitava o prato.
E o abraço que ganhei me mostrou que voltei ao caminho certo.

As vezes culpamos as crianças sem parar para pensar que somos espelhos, e que as crianças agem segundo o que refletimos para elas.
Bem vinda a nova temporada de lazer e prazer aqui na nossa casinha e na nossa vida.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Suas digitais

digitaisVocê veio assim de mansinho, chegou sem grandes promessas, sem criar expectativas.
Veio cheio de manias, bem diferentes das minhas, bem mais perfeccionistas que as minhas.
Foi amigo quando de um amigo precisei, foi silêncio, foi o som manso de uma voz macia, que não se esqueceu nenhum dia do meu telefonema de bom dia.
E a sua maneira extremamente discreta de ser, que a principio me encheu de dúvidas, hoje é um dos motivos do meu encanto.
E com paciência, insistência e muita persistência, hoje você faz parte do que compõe o melhor de mim.
Reconheço que este ano direcionei minha vida para uma direção que talvez me impeça de estar com você o quanto desejamos, o quanto seja necessário, mas isso não significa que você não me seja importante, apenas que surgiram novas prioridades.
Você é o alguém que sempre desejei, mas está mais que na hora de eu tornar-me o alguém que você além de desejar, mereça.
Não se preocupe em ser esquecido, porque para onde quer que eu olhe tem um pouco de você.
Você deixou digitais em mim, marcas que não podem ser tiradas, porque foram feitas no meu coração, e que carrego com a maior alegria que há em mim.
E que você entenda que não estou te dizendo adeus, e sim que estarei menos presente, ou mais ausente você costuma dizer.
É chegada o tempo de se ter paciência, porque eu estou renascendo, e é um processo complicado, estranho e para mim doloroso,mas que não pode mais ser adiado.
Boa parte das pessoas que eu conheço, já chegaram aonde gostariam de estar, ou pelo menos estão bem próximas de onde gostariam, mas eu estou só no início da minha caminhada.
E já te adianto, não pretendo caminhar sozinha, e tão pouco na ausência de sua companhia.
Chegar aonde quero, sem você, sem seu incentivo, não teria o mesmo valor.
E então, se responsabiliza pelas digitais deixadas em mim?

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

E neste fim de ano, mais uma vez faltou você!

Mãe, tenho sentido falta imensa dos nossos papos, final de ano com você por aqui era outra coisa.
Tenho sentido falta da felicidade leve que você transmitia, era inteira, plena, pacificadora.
Será que a felicidade nunca mais virá para preencher e durar?
Tenho seguido um de seus principais conselhos mãe, cabeça vazia, corpo ocioso, oficina para o inimigo, por isso, tenho trabalho muito, e no meu trabalho dificilmente ouvirão um não de minha parte, tenho sido solicita, e isso me mantém quase que 100% do tempo ocupada, e quando chego em casa, apesar do cansaço, divido meu tempo entre Vitória, afazeres de casa e a minha amiga inseparável, a internet, e as vezes quando ainda assim sobre um tempinho, vou pro bico de segurança, tenho me esforçado para estar sempre ocupada e cansada, mas confesso, nem sempre tem adiantado.
Tenho mantido minha cabeça vazia de negatividades, mas o coração, este anda sempre carregado de saudades.
Minha mente as vezes me prega peças, não me recordo nada, absolutamente nada do nosso ultimo fim de ano juntas, porém, lembro dos 22 anteriores ao ano da sua morte se duvidar, me lembro com clareza também da noite anterior ao de sua morte, e do momento exato em que você nos meus braços se despediu da vida.
É por estas lembranças que meu maior desejo para 2012 era que os fatos negativos do passado fossem esquecidos, e só ficasse na lembrança a imagem da casa cheia, do seu sorriso de alegria com os tios, sobrinhos, filhos, correndo pela casa, falando todos juntos, causando um som estridente, porém compassado, embalados por um ritmo nobre, o da felicidade.
Este ano o Natal aqui não foi com a casa cheia de gente como era no seu tempo, mas foi magnifico, pois ao invés de irmos pra casa de alguém, optamos pro ficar aqui, fizemos uma ceia entre nós quatro aqui e foi ótimo, pois recordamos você através de suas receitas, das velhas receitas de fim de ano.
Não tenho a visão de futuro esperançosa como você, que todo final de ano, esboçava seus planos e desejos e durante o ano seguinte fazia a maioria deles acontecer, determino uma meta, e é só com ela que trabalharei pelos próximos 365 dias.
Este fim de ano um pensamento não abandona minha cabeça: como seria tudo se além da Vitória, que a luz da minha vida, estivessem aqui você, Pedro Henrique e Maria Luiza, ai sim eu poderia afirmar ser a mulher mais feliz do mundo, pois teria minha mãe e meus três filhos aqui por perto.
Pensei muito nas minhas avós este final de ano também, para a vó Elvira, eu ser adotada nunca significou nada, ela sempre cuidou, educou, me quis por perto, a vó Anna já foi mais resistente, me dizia que eu não era neta por não ser sua filha legitima, e por fim, acabou a vida dela tendo de mim um amor condicional, e sei que  a tempo me amou também, melhor que isso, amou minha filha sem fazer distinção alguma.
É mãe, este fim de ano ainda vem pra mim carregado de uma imensa saudades, de imensa dor pela falta daqueles que amo, por sorte, tenho a Vitória, que é quem agrega a minha vida um contentamento sem limites, uma felicidade imensa.
2011 foi para mim um ano que marcou o meu recomeço, pois os tempos difíceis ficaram para trás, e com muito trabalho, as coisas foram se ajeitando.
Para 2012 ficarei feliz se Deus me conceder saúde para continuar trabalhando, edificando meu lar, resistência para aguentar superar os momentos em que a tristeza tentar me dominar, serenidade para enfrentar as dificuldades, destreza para driblar os obstáculos, e  energia para me divertir mais, viver mais.
Para 2012 como diz a letra da música, quero paz para o meu coração.
Faltou o som da sua voz e o toque de suas mãos a me acariciar,mas mesmo assim, valeu pelo papo mãe.

sábado, 26 de novembro de 2011

Confiança

confiançaSaber que alguém a quem se ama imensamente, tem po rnós confiança, que essa pessoa se sente segura em nossa companhia é a melhor sensação que existe.

E eu tive a sorte de poder sentir o que é ter alguém confiando em mim.

Filhota muito sabeca subia na cama, da cama ia para a cadeira e da cadeira subia na mesa do computador, e depois fazia o trajeto de volta, e eu só olhando para ver onde ia parar, ai resolvi me sentar na cadeira, quem sabe assim eu não terminava com a perigosa brincadeira.

Pois ai vem dona Vitória arrastando outra cadeira, sobe na mesa do computador e grita:

Mamãe, pega eu. E pula no meu colo,com uma certeza absurda de que eu iria pegá-la, e….

E foi o que eu fiz, com um reflexo que tambe´me não sabia que possuia, peguei Vitória que ficou confortávelmente sentada em meu colo.

Com o coração batendo a mil, perguntei para a minah pequena como ela sabia que eu ia segurá-la, sem deixar que ela caisse no chão, e ela me respondeu:

Você me ama mamãe!

As vezes acho que a minha filah tem mais idade do que realmente tem, pelo menos algumas de suas respostas demonstram isso.

E eu nem sabia que era tão bom ouvir isso, ter essa certeza, de que ela confia em mim, que sabe que estarei aqui sempre que possívbel para o que ela precisar.

Sim filha, eu te amo, e você pode se jogar sobre mim da altura que for, que meu amor me dará força para te segurar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saudades imensa

Olá meus queridos, data ruim esta não?
Data que traz a tona o abraço que não pode ser dado, o afago que não será sentido, o amor que não mais será compartilhado.
Se dependesse exclusivamente da minha vontade, estáriamos todos aqui, vocês, meus filhos amados, sua avó, minha fada protetora, todos juntos, sentados a mesa, como sempre foi de costume nos feriados, prontos para recepcionar os familiares convidados a passar a data conosco.
Pedro Henrique, pequeno olhos negros, você é a página não acabada da minha vida, a dor que não cura, a ferida que não fecha, o sonho que não realizou, mas por outro lado, também é o inicio de um novo caminho, o ponto de partida para um novo sonho.
Maria Luiza, minha pétala de rosa, você é a fonte de fortaleza, o aprendizado dolorido, mas também é a fonte de energia que moveu o sonho a diante.
Mãe, fada de luz, amor incondicional, você foi o principio o meio e o fim da maior lição de amor que eu poderia ter na vida.
E por mais que a vida me dê, ao me tirar vocês, ela tirou metade do que eu era ou poderia ser, ao me tirar vocês, ela tirou metade da minha força para lutar.
Por maior que seja a felicidade que eu encontre em viver, sei que seria bem melhor com vocês.
Mas hoje aprendi a seguir em frente, sem a intermináveis noites de choro, sem a luta constante em sufocar os por quês, sem a raiva que eu carregava pelos péssimos profissionais que me atenderam no ocasião dos meus partos, sem a raiva contida por ter perdido você mãe.
Talvez, pela primeira vez eu me veja como a mulher que perdeu dois filhos e a mãe que tanto amava, aquele olhar de menina carente e solitária não existe mais, e aquela fragilidade absurda de uma menina que se via frustrada deu lugar a esperança de tornar a  vida e os sentimentos diferentes, e sei que essa onda de energia boa veio de vocês.
O meu amor por vocês, este trarei intrínseco no peito, por toda a minha vida, hora em meio a lagrimas, hora em meio ao sorriso ao lembrar da imensa alegria que senti o tempo que tive vocês perto de mim.
Hoje dedico a vocês minha oração, os meus sentimentos e pensamentos, que haja luz no caminho de vocês e serenidade no meu caminho.
Saudades enorme, esperança no dia em que nossos ciclos se cruzarão novamente, pode ser que caso isso aconteça não nos reconheçamos, mas o amor, esse sim se reconhecerá quando nossos caminhos se cruzarem.
Fiquem na Paz de Deus, meus amores!

sábado, 29 de outubro de 2011

Minha heroína

 

Criança adquire com facilidade diversas personalidades, e as vezes fica muito difícil saber quem acordou dentro de casa, e com a Vitoria não seria diferente, ontem a noite se despediu como Vitoria, e hoje de manha chamei pelo nome e ela não me respondeu, ai perguntei, você não esta ouvindo a mamãe e fui espiar o que ela fazia tão cedo no corredor, ai começa meu suplicio.

- Vitorinha você não esta ouvindo a mamãe chamar?

* Eu não sou a Vitoria.

- E quem é você então? Tira esse lençol das costas!

* Eu sou  a princesa que voa, e esse é minha asa de voar não é lençol. (como eu não notei isso antes?)

- Esta bem, mas guarda sua asa, depois que você tomar banho você pega a sua asa.

* Não pode tirar como eu vou voar?

- Você para de voar um pouco e depois volta a voar ué.

* Mas eu sou princesa borboleta, brigo com o bichão para ele não pegar você.

Ai depois desse argumento deixei Vitoria passar boa parte do dia com um lençol nas costas me protegendo, e olha que ela levou isso a serio, e todo mundo que tentava se aproximar de mim, ela vinha e me protegia, dando um certeiro chute na canela de quem se aproximava.

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Tirando a parte do chute na canela que ai eu não gostei, adorei a sensação de estar protegida, sem contar, que eu tinha uma heroína em casa e nem sabia.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O amor é a resposta


Vitoria com 1 semana de vida!

Só você, me olha nos olhos e alcança minha alma de forma tão delicada;
Só você, me conhece por dentro e por fora, na integra;
Só você tem o toque suave que acalma meu coração, que tira os meus pés do chão;
Só você tem o carinho que faz o mundo parar de girar, e congela o tempo;
Só você tem o dom de me fazer amar e temer a vida no limite.
E quando olho você assim, frágil, de choro ardido, de dor evidente, descubro que só você tem o poder de controlar meu coração.
Queria ter o dom de tocar seu corpo e tomar pra mim suas dores, queria ter no meu toque o alivio para o teu sofrimento.
É uma pena que ao dar-me o dom da maternidade, Deus não tenha me dado alguns super poderes, como o da cura por exemplo.
Te ver sofrer me faz faltar o ar, faz brotar em mim, medo de proporção descomunal.
Descobri que ser mãe não me faz super poderosa, mas que o meu amor, esse sim tem poderes, cura com um abraço, alivia a dor com uma canção.
Tenho a dois dias acompanhado a aventura da minha filhota madrugada a fora, chorando, gemendo, resmungando, estranhamente sorrindo, e quando eu pensei que era eu quem tinha ajuda a oferecer, vem minha filhota bolota e  me surpreende com a melhor coisa que um coração de mãe poderia desejar ouvir:
dicima1
- Mãezinha, eu ainda to com “xebre”?
- É Vi, ainda tem febre!
- Não to mais mãe, dormi no seu coração e a xebre melhorou.
- Como é dormir no coração da mamãe Vi?
- Quando eu “dórmo” “di cima”, assim óh. ( e ela veio e deitou sobre meu peito)
Quando eu iria imaginar que cada vez que você pedia para dormir “ di cima” da mamãe era para poder dormir no meu coração.
dicima2
Você me surpreende a cada dia.
E o amor se agiganta!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Eu não sabia que era capaz de….tanto amor


Descobri que o amor é algo que se expande a cada novo dia, antes eu pensava que amar era algo que acontecia e pronto, não se alterava, apenas se amava, nem mais e nem menos, sempre ali, na mesma medida,mas ai tornei-me mãe.
Minha rotina é sempre corrida, as vezes chego em casa desejando cama e mais nada, e se engana quem pensa que minha filha só por ter dois anos não entende as minhas necessidades. Quando o cansaço é muito visível, ela entra no banho comigo, deita e descansa me contando as coisas que fez na escola, na casa da tia, assistimos tv juntas, e quando menos espero, lá esta bolotinha cochilando concentrada na TV.
Nos dias em que chego disposta, tomamos banho e lá vamos resolver do que vamos brincar, ontem fizemos um bailão aqui em casa, com todos os tipos de música, pulamos, rimos, dançamos ( ela é a única que consegue me fazer dançar, pular e rir sem me preocupar com nada).
Se chego em casa brava ou muito nervosa, ela se transforma no ser mais meigo que já vi, senta do lado, faz carinho, fica carente e consoladora ao mesmo tempo.
E essa semana me peguei pensando, quanto amor ainda cabe em mim? Como pode alguém conseguir amar uma outra cada vez mais, em cada amanhecer uma evolução no campo do amor.
Como toda criança, minha filha é arteira e meia, semana passada ficou dois dias de castigo pelas desobediências, e depois disso voltou a se comportar muito bem, hoje ameaçou um pit, mas para não ter que ficar no castigo novamente, pediu desculpas e se redimiu com um sonoro mamãe eu te amo, em pleno desfile de sete de setembro.
Me peguei cansada de tanta coisa, exausta de certa forma com a vida, mas quando o assunto é a minha filha, que eu tanto esperei pra ver nascer e ver bem, não há cansaço, mal humor, só há amor, e um amor que cresce a cada dia.
É engraçado que ela sendo pequena consiga o que muitas vezes nem eu sei como: aprisionar a felicidade no toque das mãos, no som rouco da voz, e depois fazer ela se multiplicar entre todos que estão a sua volta.
E a cada dia que eu acordo e acho que já amei tudo o que podia, olho para ela, e descubro que a amo ainda mais.
Vitória:
Amo o seu jeitinho sapeca, e seu olhar de criança arteira;
Amo o seu cheirinho, e o seu abraço apertado que me aguarda todos os dias após o trabalho;
Amo o som da sua voz a me dizer mamãe eu te amo, e quando você diz: eu sou filha da mamãe Finanda;
Amo quando você está dormindo, amo quando você esta acordada, amo quando você aparece do nada com as respostas mais inesperadas;
Amo porque amo, e ainda acho que amo pouco pelo que você me oferece.
Filhota, você é meu presente de Deus.

sábado, 13 de agosto de 2011

C.I. Lucy Franco Motoro - Maternal I-B

Tias do Maternal I-B

Recebam este recadinho como forma de agradecimento, pelos cuidados oferecidos a minha pequena Vitória, que é a luz da minha vida.

Ser mãe não é tarefa fácil, mas abracei essa missão com alma e coração. Antes da Vitória, vieram o Pedro e a Maria Luiza, que quis Deus que partissem sem que eu pudesse ter o prazer de trazê-los para casa.
E quando eu já pensava em desistir, papai do céu me mandou a Vitória para me dar vida nova.

Voltando da escola
E vocês tem tornado essa vida nova muito mais alegre e emocionante.
A cada nova conquista da minha pequena, a cada novo aprendizado meu coração transborda de alegria.
Vestida para o 1° dia de aula
O brilho nos olhos da minha filha ao falar das Tias, dos coleguinhas, a alegria ao contar do dia que passou na escola, são coisas que palavra nenhuma que eu escrever ou pronunciar, possa expressar a grandeza do meu agradecimento.
Porém, apesar de simples, recebam o meu muito obrigado, pelo bem incalculável que fazem a Vitória, que é a razão da minha vida, a motivação da minha luta, a recompensa pela minha não desistência.
Á vocês, o meu carinho, a minha admiração e total respeito.
Através do competente trabalho de vocês, pude e posso viver momentos inesquecíveis.
Meu 1° dia das mães
Nossa 1ª festa Junina


Meu 1° dia dos pais.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

De mãe para mãe II

Mãe, hj a saudades voltou a me visitar de uma forma gigante e estranha. Minha filha adoentada, noites e noites acordadas, e eu so queria que você estivesse aqui ao meu lado, me conduzindo e me ensinando qual o caminho para que eu curasse mais rapido minha filha.
Neste dia pesado de saudades e solidão, ouvi um texto lindo do Pe. Fabio de Melo, e dedico ele á vc.

Saudade de Mãe

Coloquei o filtro da arte naquela cena comum, e a luz - que
até então estava escondida -, veio surpreender-me com seu
poder de claridade.

A mulher simples, mãos calejadas de lida rotineira,
mulher que aprendeu a curar as dores do mundo
a partir de meus joelhos esfolados de quedas e estrepolias.
Aquela mulher, minha mãe, rosto iluminado pela labareda que tinha origem no fogão de lenha. Trazia consigo o dom de me
devolver a calma, que a vida tantas vezes insistiu em me roubar.

Aquela cena: mulher, fogão de lenha, panela preta escondendo a brancura de um arroz feito na hora. É uma das cenas mais preciosas que meu coração não soube esquecer.

Saudade de mãe é coisa sem jeito, chega quando menos
imaginamos: um cheiro, uma melodia, uma palavra... uma
imagem, e eis que o cordão do tempo,
nos convida ao retorno da infância.

Como se um fio nos costurasse de novo ao colo da mulher que primeiro nos segurou na vida e agora nos pudesse regenerar.
Saudade de mãe é ponte que nos favorece um retorno a nós mesmos;
travessia que borda uma identidade muitas vezes esquecida,
perdida na pressa que nos leva.

Saudade de mãe é devolução, é ato que restitui o que se parte;
é luz que sinaliza o local do porto,
é voz no ouvido a nos acalmar nas madrugadas de desespero e solidão,
através de uma frase simples: Dorme meu filho! Dorme!

Hoje, nesse dia em que a vida me fez criança de novo,
neste instante em que esta cena feliz tomou conta de mim,
uma única palavra eu quero dizer: Oh minha mãe, que saudade eu sinto de você!

domingo, 29 de maio de 2011

Amizade, construção sólida!


Ando ficando velha, e como todo bom ansião, começo a pensar muito sobre a vida, sobre a minha vida e o que construi nela.
Em questão de bens materiais, pouco construi, pelo contrário, durante um bom período da minha vida tive mesmo é que me desfazer da maior parte dos bens materiais que havia conquistado, o que me deu a certeza de que bem material, na realidade pouco vale.
Depois de uma relação conturbada e péssimamente sucedida, perdi bens essenciais para qualquer pessoa, como a auto estima, a confiança na lealdade das pessoas, a confiança em mim mesma.
E assim fui descobrindo que existem coisas que inevitavelmente iremos perder, que existem pessoas que certamente irão nos decepcionar um dia, mas descobri também, que mesmo que eu perca tudo, se houver em minha vida o amor, tudo pode ser reconstruido.
E quando falo em amor, não estou falando desse sentimento egoista e dominador que une homens e mulheres, mas falo desse sentimento nobre e multiplicador que é o amor que nasce no coração dos amigos. A amizade é o amor que se divide sem que se diminua, que supera o entendimento de muitas pessoas.
E ainda assim cometi alguns equivocos, como acreditar que a amizade só valia ou duraria se tivesse a presença diária e constante, hoje sei que isso é mito.
Minha maior representação de amizade, mora a aproximadamente 600km de mim, e a cada 4 ou 5 meses temos algumas poucas horas de encontros presenciais, poucas e intensas, verdadeiras, fortes, como só a amizade é capaz de proporcionar.
Quando eu não acreditava mais em mim, quando eu quis desistir, lá estava ela, me animando, me mostrando com suas verdades o que ainda havia de bom a ser conquistado, quando eu estava imensamente feliz, radiante com as conquistas da vida, lá estava ela comemorando comigo, com uma felicidade sincera que só um amigo é capaz de sentir ao ver o outro feliz, quando eu estive desolada, partida em pedaços, ela permaneceu ao meu lado,chorou comigo e me ajudou a colar meus pedaços.
Hoje tenho a certeza de que Deus nos dá irmãos de alma, pessoas que teremos que encontrar e reconhecer ao longo da vida.
Renatha, se hoje olho para a vida com alegria, com sonhos e esperança, devo muito disso a você, que é amiga, irmã, que é um ser de luz que Papai do céu colocou no meu caminho.
No dicionarios da minha vida, significado de amor é amizade, e o significado de amizade é Renatha.
Obrigada por ter me ajudado a abrir as portas da minha alma para felicidade entrar.
Amo-te minha amiga!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Até quando quero ser mãe

Nesses dias em que sumi da net um pouco refleti um pouco sobre a minha própria vida, e sobre as escolhas que eu teria para frente.
Eu fui criada como uma verdadeira filhinha da mamãe, e do papai também, e da mesma forma foi com a minha irmã. Meu pai militar  na ativa durante a minha juventude não se cansava de bater no peito e dizer que as filhas do sargento Moreira não precisavam trabalhar, que ele tinha condições de cuidar de tudo.
Depois que ele se aposentou como subtenente, a frase mudou e passou a ser: filhas de subtenente não precisavam trabalhar, e com isso o tempo foi passando.
Quando eu já estava com 23 anos e minha irmã com 34 anos, minha mãe faleceu, e ai pesou sobre a gente a tal politica de filha de militar não precisar trabalhar.
Meu pai juntou as coisas dele e foi morar com uma mulherzinha muito da ... que minha mãe havia acolhido dentro de casa, dado amparo e que sem noção nenhuma de gratidão sacaneou minha mãe dentro do nosso próprio teto.
Até ai tudo bem, ele tem o direito de refazer a vida dele, mesmo nós não concordando com a qualidade da escolha dele, mas o porém é que ele deixou a casa com a dispensa vazia, contas de agua e luz e  atrasadas e duas filhas desempregadas para trás,sob os argumentos de que dali pra frente teríamos que nos virar sozinha.
Passamos fome, ficamos dias sem agua e luz, dependendo de vizinhos encherem nossas caixas d'aguas e doarem velas, dependendo de caridade pra comer, e agora q com sacrifício colocamos as coisas no lugar, ele vem bater no peito dizer que a casa dele e que ele quer a casa pra por a venda.
É minha afirmação esta certa, sou órfã de mãe morta e pai vivo.
Engraçado, renuncia aos deveres de Pai, limita as filhas ao máximo, durante a vida toda pesca o peixe e qdo se cansa, mandar sair pescar sozinha, sem nenhuma orientação e qdo a pescaria começa a dar certo, vem colher os lucros.
É eu não sabia que pai tinha prazo de validade!
E pensando sobre isso, conclui que quero ser mãe até, mais ou menos, por toda a minha vida, assim como minha mãe foi para mim.
Mas não quero ser a mãe que limita e poda, como foi meu pai, e depois joga no mundo sem preparo nenhum e diz, vá a luta, quero ser a mãe q instrui, que prepara e acompanha.
Já tive raiva, desprezo e também respeito pelo meu pai, hoje olho e tenho pena. Militar aposentado, muito bem aposentado, comerciante, tem sua padaria e sua casa e mesmo assim, ao invés de viver em paz, escolheu viver atrás de mim e da minha irmã, pra brigar por dinheiro q nem temos, e para tirar um bem q nos é de direito.
Feliz, isso já tenho certeza de que ele não é, pois quem é feliz, não perde tempo atormentando os outros.
Mas de tudo isso tiro uma lição boa, do tipo de mãe que quero e devo ser e de por quanto tempo desejo isso.
É Vitoria, você terá que me aguentar, pois tenho amor e cuidado para te dar por essa e mais umas mil vidas inteiras.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Relacionamentos

"Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?
O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.
Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????"

sábado, 23 de abril de 2011

De mãe coruja para mãe coruja

Mãe,
Já são seis anos sem você aqui, sem sua presença, seus carinhos, sem nossas conversas, sem a minha companheira e amiga.
Amanhã é domingo de páscoa,e eu deveria estar radiante, afinal, passei a semana pintando cascas de ovos e recortando pegadas de coelho para transformar a páscoa da minha filha, na páscoa mágica igual você me proporcionava, igual a que você me proporcionou até o ultimo ano de sua vida, e olha que eu já tinha meus vinte e tantos anos.
Eu deveria estar radiante, não deveria? Mas não consigo estar 100% feliz, afinal, não terei seu abraço, e nem teu sorriso.
Sabe mãe, hoje eu também já sou mãe, mas quando o assunto é você e sua ausência, volto a ser aquela menina que encolhia todo no sofá, só pra caber deitada em seu colo, volto a ser aquela mesma menina que fugia para a sua cama e se deitava com as costas colada na sua, só pra ter certeza de que você estaria ali o tempo todo.
Lembro que você não deixava que uma páscoa se quer passasse em branco, e isso hoje enriquece a minha memória, e me estimula a fazer o mesmo pela minha filha.
Sinto falta do som da sua voz me chamando de nenê, mesmo com 23 anos de idade, era doce e carinhoso te ouvir me chamando assim.
Ai ai mãe, crescer é um processo natural, que se torna sobrenatural quando não temos ao nosso lado a figura de uma mãe, de um guia de proteção.
Amnhã o cardápio de páscoa será um sua homenagem, e em homenagem dos meus pequenos anjos, farei algumas de suas receitas prediletas, será a minah forma de te trazer pra mais pertinho de mim.
O que eu queria mesmo, era poder te dar aquele mega abraço e aquele beijão apertado que eu sempre te dava e te desejar uma excelente páscoa. Mas como a presença e o contato físico já não são mais possiveis, recebe mãe, toda a energia do meu coração, que é prova do imenso amor que irei sempre lhe devotar.
Feliz Páscoa minha fada, paz e luz em seu caminho,  e por aqui, que venha a caça aos ovos.
Obrigada por garantir as melhores lembranças que eu poderia ter na vida.
Amar-te é pouco!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desfraldar e desmamar...um tempo para cada coisa, e cada qual faz o seu tempo!

Esta semana ouvi de uma conhecida dois comentários que bem mereceram o despertar do meu lado tolerância zero, mas optei por um sorrisinho amarelo, daqueles q se traduzidos, diriam: cuide de sua vida.
Minha filha completou dois anos agora em março, e essa conhecida veio me dizer que eu não posso mais amamentar minha filha no peito, que ela já esta grande, e que é feio eu ainda deixar ela usar fraldas.
Ai resolvi postar sobre o assunto.
Primeiro, a de se entender que cada criança tem o seu tempo, o seu momento, e que apressá-las, ou pressioná-las demais, pode ser muito mais traumatizante do que facilitador de qq coisa.
Em casa a Vitória bem vai ao banheiro, avisa quando quer e o que quer fazer, o único probleminha é q se recusa a usar papel higienico, a cada ida ao banheiro, um banho em seguida.
Eu também tinha uma visão de que ela estava muito grandinha pra usar fraldas, mas aprendi a entender e respeitar os sinais que ela mesma me dá, de que as coisas estão acontecendo, mas no ritmo dela.
Na escolinha descobri o porque dela não utilizar o banheiro: ela tem medo dos personagens do filme procurando nemo, e eles estão estampados pelo banheiro todo, ai entra muito paciência e didática pra ela entender q são apenas desenhos.
Algumas crianças logo que completam 1 ano, já se sentem seguras para o processo de desfraldar, outras com 2 e algumas ate mesmo com 3 anos, o que vale lembrar aos pais, que este é um processo que tem de ser natural, e que não podemos nos mostrar frustrados caso nossos filhos demorem mais que os coleguinhas para abandonarem as fraldas.
Como eu já disse num post antigo, não há um B a Bá, uma cartilha que se seguida faça todas as crianças agirem iguais, até pq elas não são robôs.
Minha filha dorme uma noite inteira sem fralda e sem fazer xixi na cama, no entanto, não fica sem fralda na escola ou quando esta com a Tia dela, entendi que ela se segura dentro da minha casa, do ambiente dela, e que será apenas uma questão de tempo para essa segurança ampliar-se.
Sem contar que as idas ao banheiro em casa são acompanhadas de musica, coreografia e comemoração da mãe quando tudo sai direitinho, e quando não saio, sempre falo pra ela que da  próxima vez iremos conseguir, para que ela entenda que não esta sozinha nessa.
Já com relação a amamentação, ai terei que ser curta e grossa, a filha é minha, os seios e a vida também, ai, faço deles o que bem entender.
Sem contar que minha filha já esta abandonando por conta, num processo natural, sem lágrimas e traumas.
Então fica aqui o meu recado, não tem pq apressar as crianças, temos também que aprender a respeitar o tempo delas, e nos posicionarmos da maneira mais benéfica pra eles, observando sempre como reagem, e quais posturas nossas deixam eles mais livres para se desenvolverem sem trauma.
E só deixar a preocupação rolar quando notarmos que o tempo anda passando demais e nenhuma mudança vem acontecendo.
Cada criança tem um ritmo, é um individuo, e te que ser respeitado como tal, isso incluí ter paciência, ser tolerante e participativo em todos os processos de desenvolvimentos de nossos pequenos.
Lembrando também, que escola e família tem que buscar meios de falarem a mesma língua, para que a criança compreenda com facilidade o que se espera dela e não fique confusa.
Ah, e pais, comemorem e muito as conquistas de seus filhos, é muito importante para eles.

terça-feira, 22 de março de 2011

Não tem B A BÀ, ou é amar ou amar

Mulheres, libertai-vos da ideia de que ser mãe segue uma receita, um manual, um passo a passo.
Ouvi de uma amiga a quem eu tenho muita estima a seguinte frase: Pronto, namorei, noivei, casei e agora vou dar um filho ao meu marido, ciclo completo.
Pasmei, ela tem hoje aos 34 anos de idade a postura que eu imaginava ser correta aos 6 anos de idade, a de achar que para ser mãe precisa ter uma sequência, seguir um manual.
Acompanhei a gestação dela, pasmei diversas vezes com as severas criticas e reclamações que ela fazia ao fato de ser mulher e ter que ela engravidar e não o marido, que ele é quem devia ter todo o trabalho, e quando o bebê nasceu e eu fui visitá-los, no primeiro dia de vida do pequeno, já foi obrigado a ouvir da mãe: já nasceu dando trabalho esse moleque, deveria ter sido o pai dele a dar a luz, se eu soubesse que ia doer tanto nem tinha deixado acontecer.
Me chamou a atenção na frase só o final: DEIXADO ACONTECER!
Mães, que eu conheça ou não, um filho não pode acontecer, simplesmente acontecer, ele tem que ser desejado, amado desde o instante em que ele é sonho, projeto de vida, projeto de amor.
Muitos andam acontecendo, e depois que nascem andam apanhando, ouvindo desabafos desnecessários de mulheres e homens que se frustram quando descobrem que ter um filho não é como brincar de boneca, que quando se cansa é só colocar de volta na prateleira.
As crianças que acontecem dão o mesmo trabalho que as crianças desejadas, a diferença é que quem deixa acontecer, não consegue ter a mesma paciência que a pessoa que deseja.
Minha relação com o pai da minha filha não deu certo, porém, ela nunca me ouviu pronunciar qualquer frase que a culpasse por isso, ou que a colocasse como parte do fracasso da minha relação, ela foi o meu sonho, nasceu do meu amor, para o meu amor, com amor, e não importava o que estava acontecendo, eu queria com todo o meu coração aquela bebê que me encantava desde o instante em que aos meus olhos ela era apenas um resultado positivo no papel.
E foi assim com todos os meus filhos, amei, desejei, e amo. Meus dois primeiros filhos hoje são anjos, e permanecem amados.
Pais que deixam os filhos acontecerem e depois despejam sobre eles responsabilidade que não as pertence,cria crianças frustradas, culpadas, traumatizadas. E por fim, acabam resolvendo tudo na base dos gritos, reclamações, palmadas, e as vezes palmadas severas.
Pais, mães, o amor educa de uma forma mais fácil, mais eficaz e duradoura, para os dois lados.
Não deixem seus filhos acontecerem para depois culpá-los pelo fracasso no relacionamento, pela falta de tempo para ir na balada, pelo stress, desejem, amem a idéia, e depois engravidem, garanto, o resultado é extraordinário.
Chegar em casa cansados do trabalhos é um fato, mas o filho não tem responsabilidade nisso, precisa de atenção, carinho, dedicação. Se alguem me acordar as 6 da manha acordo uma fera, se a minha filha acordar as 4 da manha me chamar e pedir pra brincar, levanto, brinco, satisfaço o desejo dela e depois dormimos as duas, ate a hora dela ir pra creche, e sem demagogia, faço com prazer, porque nada vale o brilho no olhar dela, e muito menos tem algo q seu compare quando ela olha pra mim e diz: mamãe, te amo, você mora no coração da mim, isso me faz ganhar o dia.
Porém, ela só aprendeu a ser carinhosa porque é carinho e amor que ela recebe diariamente de mim. Quando estou brava com algo, stressada, cansada do trabalho, e na minha filha que me refugio, brinco, canto, danço, deito pra assistir desenho, e com isso, solidifico minha relação de amor com ela.
Pais, por favor, não deixem acontecer, amem, desejem, planejem, comemorem.
Nossos pequenos merecem!