12 anos desde a ultima publicação, e quanta vida aconteceu, quanta vida floresceu em mim nesse espaço de tempo.
E de que poderia falar uma mãe coruja senão de seus filhos.
O tempo foi ligeiro, e com ele aprendi que as dores amadurecem junto conosco.
Foi demorado, foi difícil, dolorido, mas enfim, o entendimento da morte de meus filhos chegou e se instalou na minha mente trazendo não só a compreensão de nossa fragilidade e finitude, mas a compreensão dos motivos de alguns passagens serem tão breves.
Meus filhos partiram bebes, mas os sinto hoje como se tivessem crescido num plano paralelo, quando penso neles, sinto como se estivessem feliz e sorrindo, em paz, e assim é a energia que domina meu coração, uma energia de paz.
Eu precisava passar pelas batalhas que passei, precisava derramar as lagrimas que derramei, era parte do que me faria forte.
Quando me perguntam quantos filhos eu tenho, a resposta é: tenho três, dois anjos que me transmitem paz e alegria de onde estão, e uma moça linda que faz essa paz e essa alegria personificadas em minha vida.
Demorou, mas entendi que somos jóias brutas necessitadas de lapidação, processo esse que acontece para nos transformar em algo melhor, porém, não é um processo indolor.
Antes minhas cicatrizes me lembravam e causavam dores, hoje elas me fazem lembrar das minhas vitorias.
Foi preciso que eu perdesse meus filhos, para que eu compreendesse que até em meio a dor, Deus é gigante e nos revela forças que jamais reconheceríamos em nós mesmos se não fosse pela dor.
Morri, persisti, renasci!
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