sábado, 31 de dezembro de 2011

Meus desejos para 2012


Para o novo ano quero que todos a minha volta estejam e se sintam bem.

Que o mundo,leia-se Ser Humano, se torne mais tolerante e amável;
Que o sorriso se sobressaia a dor e as tristezas;
Que nos lares haja mais fé, fidelidade,companheirismo e amor;
E na impossibilidade do amor, impere o respeito e a tolerância;
Que a paz seja o carro chefe de todos os povos.


Na minha vida pessoal:
Desejo tornar-me mais tolerante e paciente.
Que nunca me falte saúde e ânimo para trabalhar e que eu não perca nunca a paixão pro tudo aquilo que faço.
Que neste ano novo eu transforme tudo  o que é falho em mim, em algo positivo.
Que eu dedique ainda mais tempo a Deus e a edificação do meu lar.
Que meu coração amanse  diante das armadilhas do inimigo, e se aquiete para aguardar as providências de Deus.
Se não for desejar muito, que Deus toque o coração do pai da minha filha, que tanto chama por ele, mas ele raríssimas vezes lembra dela.
Que os meus amigos, familiares, conhecidos, irmãos de fé gozem sempre de boa saúde e realizem seus desejos.
E se por acaso nada do que eu desejar se realizar, que eu não perca a vontade de continuar sonhando.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

E neste fim de ano, mais uma vez faltou você!

Mãe, tenho sentido falta imensa dos nossos papos, final de ano com você por aqui era outra coisa.
Tenho sentido falta da felicidade leve que você transmitia, era inteira, plena, pacificadora.
Será que a felicidade nunca mais virá para preencher e durar?
Tenho seguido um de seus principais conselhos mãe, cabeça vazia, corpo ocioso, oficina para o inimigo, por isso, tenho trabalho muito, e no meu trabalho dificilmente ouvirão um não de minha parte, tenho sido solicita, e isso me mantém quase que 100% do tempo ocupada, e quando chego em casa, apesar do cansaço, divido meu tempo entre Vitória, afazeres de casa e a minha amiga inseparável, a internet, e as vezes quando ainda assim sobre um tempinho, vou pro bico de segurança, tenho me esforçado para estar sempre ocupada e cansada, mas confesso, nem sempre tem adiantado.
Tenho mantido minha cabeça vazia de negatividades, mas o coração, este anda sempre carregado de saudades.
Minha mente as vezes me prega peças, não me recordo nada, absolutamente nada do nosso ultimo fim de ano juntas, porém, lembro dos 22 anteriores ao ano da sua morte se duvidar, me lembro com clareza também da noite anterior ao de sua morte, e do momento exato em que você nos meus braços se despediu da vida.
É por estas lembranças que meu maior desejo para 2012 era que os fatos negativos do passado fossem esquecidos, e só ficasse na lembrança a imagem da casa cheia, do seu sorriso de alegria com os tios, sobrinhos, filhos, correndo pela casa, falando todos juntos, causando um som estridente, porém compassado, embalados por um ritmo nobre, o da felicidade.
Este ano o Natal aqui não foi com a casa cheia de gente como era no seu tempo, mas foi magnifico, pois ao invés de irmos pra casa de alguém, optamos pro ficar aqui, fizemos uma ceia entre nós quatro aqui e foi ótimo, pois recordamos você através de suas receitas, das velhas receitas de fim de ano.
Não tenho a visão de futuro esperançosa como você, que todo final de ano, esboçava seus planos e desejos e durante o ano seguinte fazia a maioria deles acontecer, determino uma meta, e é só com ela que trabalharei pelos próximos 365 dias.
Este fim de ano um pensamento não abandona minha cabeça: como seria tudo se além da Vitória, que a luz da minha vida, estivessem aqui você, Pedro Henrique e Maria Luiza, ai sim eu poderia afirmar ser a mulher mais feliz do mundo, pois teria minha mãe e meus três filhos aqui por perto.
Pensei muito nas minhas avós este final de ano também, para a vó Elvira, eu ser adotada nunca significou nada, ela sempre cuidou, educou, me quis por perto, a vó Anna já foi mais resistente, me dizia que eu não era neta por não ser sua filha legitima, e por fim, acabou a vida dela tendo de mim um amor condicional, e sei que  a tempo me amou também, melhor que isso, amou minha filha sem fazer distinção alguma.
É mãe, este fim de ano ainda vem pra mim carregado de uma imensa saudades, de imensa dor pela falta daqueles que amo, por sorte, tenho a Vitória, que é quem agrega a minha vida um contentamento sem limites, uma felicidade imensa.
2011 foi para mim um ano que marcou o meu recomeço, pois os tempos difíceis ficaram para trás, e com muito trabalho, as coisas foram se ajeitando.
Para 2012 ficarei feliz se Deus me conceder saúde para continuar trabalhando, edificando meu lar, resistência para aguentar superar os momentos em que a tristeza tentar me dominar, serenidade para enfrentar as dificuldades, destreza para driblar os obstáculos, e  energia para me divertir mais, viver mais.
Para 2012 como diz a letra da música, quero paz para o meu coração.
Faltou o som da sua voz e o toque de suas mãos a me acariciar,mas mesmo assim, valeu pelo papo mãe.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Então é Natal

Enfim chegou o natal, época mais triste e pesada do ano, onde as reflexões e saudades vem a tona, carregadas de uma depre sem tamanho, certo? ERRADO!
Este ano foi tudo muito diferente, a saudades e a depre ate vieram, mas a mudança de postura diante desses fatos nos rendeu um natal muito mais suave, tranquilo, feliz.
A saudades da minha mãe é algo que nos acompanha pelo ano todo, e este final de ano ela foi lembrada e homenageada de uma forma diferente, ao invés de eu sentar e chorar por ela, repeti no cardápio receitas que ela adorava e fazia sempre aos finais de ano.
O pessoal da família com certeza lembra do doce de abacaxi, das farofas, do arroz com legumes, do frango recheado temperado com cachaça, pois bem, este ano foi o que fiz, quando a saudades chegou e a tristeza se aproximou demais, resolvi cozinhar as receitas prediletas dela, e desta forma resgatar lembranças e te-la mais perto de mim.
Neste natal foi o primeiro em que minha filhota participou efetivamente de tudo, da decoração, das compras, da Ceia, e por isso fica impossível dizer que o natal não foi bom, porque ele foi ótimo.
Nada vale mais do que o sorriso da filhota ao ver papai noel, ao receber e abrir seus presentes, do olhar de "não entendi" buscando respostas do porque só comer a meia noite, de como aqueles presentes apareceram no pé na arvore, se a dois segundos atras não estavam ali.
Este foi um natal de renascimento, onde o espirito de natal renasceu e se sobrepôs  a tristeza.
Viva a felicidade, a vida, seus encantos e desencantos, afinal: É NA|TAL!
Feliz Natal a todos!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Foi assim que me viciei

No começo foi meio sem perceber, me lembro de que ficava aborrecida e triste com frequência, e isso me levou a buscar uma fuga para tanto descontentamento. Eu precisava provar para mim mesma que eu podia ser feliz.

No inicio eu so fazia uso quando me convinha, era esporadicamente, só quando precisava "mudar " de mundo. E foi devagar assim que me viciei, e hoje sou absolutamente dependente do amor.  Se algo me enfurece ou me entristece, no lugar do revide busco a companhia daqueles que me despertam o amor.

Ontem foi um bom exemplo disso, estava exausta, chateada, e resolvi entrar na net, e lá estava minha amiga Renatha Talon, com a dose ideal de carinho e amor que eu precisava injetar na minha vida naquele instante.
Algumas vezes eu não estou nem aborrecida e nem triste,apenas em paz, e mesmo assim busco o amor para me saciar, as vezes faço isso sentando no chão e brincando com minha filha, outras vezes dançamos, rimos, nos abraçamos, passeamos.
As vezes entro em crise de abstinencia, isso ocorre quando não recebo em doses adequadas o amor.
Eu não admitia, negava e me protegia, me abraçar, dificilmente eu deixava, expressões de carinho, eram raras, mas hoje me torno ré confessa, sou viciada em dar e receber amor, na forma de beijos, abraços, palavras de carinho e incentivo, de forma concreta e também abstrata, da forma que for, só sei que não vivo mais sem o danado do amor.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Humm, xô depre!

Sabe-se que os anos estão passando mais que depressa, quando os ideais mudam, os medos mudam, e os sonhos mudam.
A um tempo atrás minhas prioridades se resumiam em estudar, trabalhar quando convinha, sair com amigos e namorar, mais namorar do que todos os outros. (quanto tempo perdido).
Mas ai vieram os filhos, e a dor de perder dois de meus filhos e o processo de amadurecer veio como um furacão sobre mim.
Minha mãe sempre me dizia que o que a vida  ensinasse e eu não aprendesse no amor, aprenderia na dor, e foi bem assim que aprendi.
Mas voltando ao assunto de envelhecer, de ver a juventude passar, nesses últimos dias tem pesado sobre mim inúmeros questionamentos, sobre minha postura como mãe, sobre meus anseios profissionais, sobre o meu medo de faltar para a minha filha, sobre a minha falta de vida social, sobre a tristeza que venho driblando desde a morte de minha mãe, sobre o amor secreto que trago no peito, e a divisão que ele impôs em minha vida de estar com alguem e amar outra, e o fato disso vir acontecendo a anos, e o principal, de quanto tempo ainda tenho para viver nessa roda louca que é a vida.
E me vi ali, sentada em frente aos espelho, com 29 anos de idade e com peso de 100 anos sobre as costas, e com o peso de alguem que já esta encerrando o seu ciclo.
Ops, eu disse encerrando o ciclo?
Pois bem, foi ótimo eu me olhar por horas no espelho e me ver ali morrendo, porque é isso que eu estava fazendo, morrendo, me prendendo numa redoma minuscula, sufocando os sonhos, ludibriando os anseios, e me ver e me sentir ali, daquele jeito, reacendeu em mim a coragem de encarar a vida, mas não com alguem que apenas sobrevive, e sim com alguem que vive, que escreve sua própria historia, que aprende com sua própria historia.
Sei que a dor e a tristeza por aquele que partiram da minha vida irão em acompanhar sempre, mas estou enxergando agora um colorido lá ao fundo da tela da vida, que tem me mostrado que vale a pena ser feliz pelas coisas que ganhei, pelas pessoas que conquistei e que não são poucas, pelos sonhos que ainda tenho, pelos passos que já estou dando.
Demorei seis anos, seis longos anos para entender, ou melhor, para aceitar,  que eu preciso de ajuda, para me ajudar a equilibrar a dor, o amor, as perdas e conquistas, demorei seis longos anos para perceber que embora tivesse alguns momentos de felicidade, eu estava mesmo era só empurrando com a barriga, esperando meu ciclo terminar.
O que? Terminar? Ciclo?
Não, não, encontrei em mim, lá no fundo, uma palavrinha que tem sido o carro chefe dessa minha nova tentativa: RECOMEÇAR.
E é o que eu quero para o ano novo, que mais do que ele seja na integra um  novo ano, quero ser eu um alguém novo nesse novo ano.
De repente, não mais do que de repente, bateu uma vontade de mudar a escrita, de reescrever um trecho da historia sem medo de julgamentos, de repente, mudar a historia toda, excluindo ou mudando personagens.
Meu desejo para o ano novo é: Ser uma pessoa nova neste novo ano!

sábado, 26 de novembro de 2011

Confiança

confiançaSaber que alguém a quem se ama imensamente, tem po rnós confiança, que essa pessoa se sente segura em nossa companhia é a melhor sensação que existe.

E eu tive a sorte de poder sentir o que é ter alguém confiando em mim.

Filhota muito sabeca subia na cama, da cama ia para a cadeira e da cadeira subia na mesa do computador, e depois fazia o trajeto de volta, e eu só olhando para ver onde ia parar, ai resolvi me sentar na cadeira, quem sabe assim eu não terminava com a perigosa brincadeira.

Pois ai vem dona Vitória arrastando outra cadeira, sobe na mesa do computador e grita:

Mamãe, pega eu. E pula no meu colo,com uma certeza absurda de que eu iria pegá-la, e….

E foi o que eu fiz, com um reflexo que tambe´me não sabia que possuia, peguei Vitória que ficou confortávelmente sentada em meu colo.

Com o coração batendo a mil, perguntei para a minah pequena como ela sabia que eu ia segurá-la, sem deixar que ela caisse no chão, e ela me respondeu:

Você me ama mamãe!

As vezes acho que a minha filah tem mais idade do que realmente tem, pelo menos algumas de suas respostas demonstram isso.

E eu nem sabia que era tão bom ouvir isso, ter essa certeza, de que ela confia em mim, que sabe que estarei aqui sempre que possívbel para o que ela precisar.

Sim filha, eu te amo, e você pode se jogar sobre mim da altura que for, que meu amor me dará força para te segurar.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Infância é para a vida toda!

Quem não guardinfanciaa dentro de si lembranças da infância? Quem não olha para uma cicatriz e se recorda do instante em que essa cicatriz se fez ?
E foi de tanto pensar sobre esse fato, sobre o quanto tempo a infância perdura na vida de uma pessoa, que cheguei a conclusão que sendo eu hoje mãe, tenho que deixar para a minha filha as mesmas boas impressões que recebi de minha mãe.
Quando eu me machucava o beijo de mãe curava mais do que o remédio, o abraço fazia a dor ir embora quase que instantaneamente, e essas são lembranças boas que ninguém pode tirar de mim, é a minha infância me acompanhando pela vida adulta.
Antes mertiolate ardia, morria de medo, mas adorava quando minha mãe passava sobre o ferimento e depois assoprava, hoje em dia mertiolate não arde mais, mas a minha filha conhece a mesma sensação que eu conheci, do medo de arder ao sopro suave de mãe, que parecia ter o dom de fazer a dor ir embora instantaneamente.
Ontem a noite (filhota deveria estar dormindo), Vitoria foi fazer graça para o pai dela que estava aqui, e deixou uma garrafa pet de 2 litros cair sobre o dedão do pé, e ganhou de brinde uma unha quebrada bem na linha da cutícula, muito sanguinho, e um dedo inchado e roxo,eu poderia ter dado uma bronca por ela ter aberto a geladeira sozinha para pegar a água para o pai dela, e por ter jogado a garrafa para o alto, mas será que ela bronca que ela precisava?
Peguei minha filha no colo, e tratei de colocar em pratica, agora como mãe, o que eu tanto recebia como filha, lavei o dodói, passei mertiolate, dei um beijinho e assoprei, peguei um band aid colorido e coloquei no machucadinho dela, de momento cessou o choro, minutos depois estava Vitoria rolando na cama pra lá  e para cá chorando de dor, e eu querendo dormir, o que fiz?
Levantei, peguei ela no colo, e cantei uma musica que nasceu no meu coração e que acalma ela desde pequena: a mãezinha vai ajudar, a dorzinha a passar, vai embora dorzinha, para o meu neném descansar, ela foi acalmando, mas ai a dor voltou e diante do dedo inchado e roxo, não teve jeito, 1 hora da manhã e nós duas rumo ao Pronto Socorro, sem bronca, só carinho e cuidado.  
Quando retornamos do hospital, lá estava a tia dela coruja com a luz acesa, esperando que passássemos por lá para dizer o que o medico tinha dito, eis a minha surpresa, quando minha irmã perguntou o que o medico havia dito, Vitoria respondeu: – tia o médico deu uma injeção no meu tabuleiro (bumbum), eu não chorei muito porque a minha mãe esta comigo e abraçou eu forte assim, e se abraçou pra mostrar, e minha irmã continuou, é, e o que mais ele disse, e ela respondeu nada, e diante da pergunta se a dor tinha passado, ela respondeu, passou, a minha mãe mandou a minha dor embora.
Eu ali parada olhando as duas conversar, morta de sono, mas com o coração estourando de alegria, porque depois de tomar injeção, gotas de dipirona, fazer raio X, na cabeça da minha filha a dor havia ido embora porque eu tinha mandado.
E hoje ela já estava toda saltitante, lembrando da traquinagem e dizendo para a tia que jogar a garrafa cheia não pode, será que seu eu tivesse perdido a calma, gritado com ela, até mesmo batido por ter ido pegar a garrafa sem ordem, ela teria entendido que jogar a garrafa não é legal, e teria dado como causa da melhora o meu esforço em faze-lá se sentir bem?
Antes eu já era muito preocupada com as impressões que eu causava na minha filha, de uns acontecimentos para cá, tenho ficado muito mais apreensiva e tenho me dedicado mais a fazer da infância dela o melhor baú de lembranças que ela um dia possa ter, porque assim como eu lembro de coisas maravilhosas da minha infância e não em recordo de nada ruim, quero também que ela lembre com alegria do tempo de infante dela.
Quero que a felicidade lhe seja companheira constante,  e a receita que encontrei para dar a ela essas boas lembranças, é a receita do amor, da atenção, da dedicação, da educação, da não agressão, porque criança brinca e cai, cai e se machuca, se machuca e chora , e daí? Também fomos assim, e a unica forma de se ter boas lembranças, é vivendo coisas boas.
Quero que ela tenha a melhor infância possível, afinal, infância é para a vida toda!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Hora da brincadeira

Casinha ovo, filhota pequena e cheia de energia, e a solução para a traquinagem é a mãe cair na brincadeira.
E nessa de cair na brincadeira, além de eu me divertir muito, estou sempre de olho em novos brinquedos e em suas utilidades.
Brincar na rua aqui, nem pensar, trocentas linhas de ônibus, um pessoal que adora tirar racha e empinar moto, carro, e usuários de drogas, ai a solução é brincar do portão para dentro mesmo.
E a um tempo andando de bobeira no centro da cidade e olhando uns brinquedos numas lojas, encontrei um brinquedo simples, barato e de mil e uma utilidades, o LIG LIG


É um brinquedo bem simples, mas que ajuda e muito a criança, além de divertir. 
Encontrei neste brinquedo muitos prós com relação ao desenvolvimento da minha filha, pois ele treina a coordenação motora da criança, pois ela tem que encaixar uma peça na outra, alimenta a imaginação da criança, pois ela pode construir o que quiser com ele, abaixo estão o avião  e a flor que a filhota fez para brincarmos ontem, teve teve também uma moto, que é claro não se parecia nada com uma moto, mas e daí, o faz de conta é justamente o que dá graça na coisa.

Isso sem contar o fato de que as peças são coloridas e a criança aprende e treina a diferenciação das cores. Ah e aprende a contar e dividir (claro que não estou falando da operação matemática , e sim dividir de compartilhar as peças).Até eu que já sou bem crescidinha adoro brincar de lig lig com minha filha, pois ela tem uma imaginação maravilhosa e assim passamos um tempo juntas, sem bagunça e sujeira.
Fica ai uma dica de um brinquedinho para ajudar nas horas de lazer com os pequenos.


Mulher / dona de casa / profissional / chefe de família / mãe e o dia com apenas 24 horas

Antigamente as mães ficavam em casa e os pais saiam para trabalhar, e a família se compunha de pai,mãe, devidamente casados e filho ou filhos,pois bem, eu disse antigamente.
Nos dias atuais a realidade mudou e muito, a maioria das mulheres tornaram-se chefes de família, além de donas de casa, esposas e mães. Algumas, assim como eu, excluíram a parte esposa do roteiro.
E como ser três ou quatro em uma quando o dia tem apenas 24 horas? Simples, não, pelo contrário, bem complicado.
Estamos sempre nos sentindo em falta com algo, ou principalmente com os "alguéns" de nossas vidas, e como é difícil acertar esta conta.
Para que eu possa trabalhar, conto com a valorosa ajuda da equipe da escola da minha filha, o CI Lucy Franco Motoro, onde deixo minha filha as 7 da manhã e de onde ela só vai sair as 16:30 da tarde. Apesar de só entrar no trabalho as 13 da tarde, não tenho a opção de levá-la só meio período na escola, com isso o tempo que tenho com ela é bem reduzido.
Nessa correria para dar conta de ser mãe, mulher, dona de casa e empregada assalariada, muitas mulheres estão descuidando do tempo com os filhos, deixando de dar importância a coisas que não podem ser deixadas no esquecimento, como por exemplo, a reunião mensal da escola dos filhos, o tempo de lazer com os filhos, o tempo de educação com os filhos, e o resultado disso tem sido um numero crescente de crianças mal educadas, agressivas e problemáticas.
Não sou um exemplo de mãe perfeita, e nem é essa minha pretensão, pretendo apenas chamar a atenção de pais e educadores para os gritos de alerta que nossos pequenos estão nos dando, e para o fato de que a necessidade de trabalharmos e sustentarmos nossos lares não pode ser causa da deseducação de nossos filhos.
Observem vossos pequenos,entenda-se crianças de 1 a 5 anos, e me digam, quantos nomes de personagens de novela ele sabe? Quantas horas por dia seu filho fica a mercê da babá  eletrônica (TV)? Quantos funks seu filho sabe dançar e cantar? Neste ano a quantas reuniões de escola você participou?Quantos palavrões seu filho fala por dia? Do seu tempo livre, quanto é dedicado a ficar com se filho? E quanto é dedicado a TV, digo novelas?
Pois é, trabalhamos o dia inteiro e quando chegamos em casa queremos mais é tomar banho, comer algo, sentar e assistir a novela, descansar, certo? Claro, eu também trabalho o dia todo e também desejo estas coisas, apenas inclui no meio disso tudo o tempo de dar atenção a pessoa mais importante da minha vida, minha filha, que através da sua agressividade mostrou o quanto eu estava desatenta aos apelos de atenção dela.
Ai redefini o meu tempo. A casa que eu limpava a noite passei a fazer pela manhã, horário que a filha não esta em casa, a tarde trabalho, retorno pro volta as 19:30, chego em casa e o primeiro abraço é pra ela, é o nome dela que chamo no portão, mesmo que ela já tenha tomado banho, tomamos banho juntas (hora boa pra saber o que ela fez no dia dela e para contar como foi o meu dia), como quando eu chego ela já jantou, depois do banho ligo o PC e deixo ligado é de vicio e sento, na frente do PC? Não, brincar com a filhota, de brincadeiras educativas, de brincadeiras lúdicas, e as vezes não brincamos de nada, coloco um desenho e deitamos abraçadinhas para assistir, ai logo ela dorme eu descanso e posso ou ficar na internet ou dormir também.
Novela, filme, bate papo com o vizinho, que fiquem para o dia da minha folga, porque ai eu ja passei o dia todo com minha filha mesmo, posso dividir minha atenção.
Mas tem dia que eu falho, chego tão cansada q tomo banho e caio na cama e ela fica sentadinha brincando sozinha, conversando com o amiguinho imaginario.
Não precisamos ser perfeitas, mas não podemos ser tão imperfeitas como vem acontecendo.
Na reunião deste mês na escolinha poucos pais compareceram, no meu trabalho uma criança com quem parei uns minutos pra brincar me disse que a mãe dele não brincava com ele porque ela era muito ocupada, eu estava ocupada, mas parei 2 segundinhos para brincar de jogo da memoria, achei triste ele ali brincando sozinho e a mãe vidrada na TV, na minha rua as mães sentam-se na calçada para conversar e esquecem dos filhos ali brincando sozinhos, e quando se dão conta deles ali é na base dos gritos, que via de regra recebem o retruque bem mal educado e cheio de palavrões das crianças.
É fomos jogadas a modernização, mas será que estávamos prontas para ela? Estávamos pronta para sermos polivalentes?

Somos da geração que pedia bença aos pais, avós, padrinhos, que pedia com licença, por favor e dizia muito obrigado, que nunca se metia na conversa dos adultos, e que geração estamos criando?
É falta de tempo? De organização? De ajuda? cansaço?

Fizemos nossas escolhas, não podemos ir empurrando com a barriga, esperando que a escola faça nosso papel.
Se perdemos nossos filhos, alguém ou algo os encontrará na rua, com tempo e organização suficiente para tirá-los definitivamente de nós.
A vida de chefe de família, acumulado com maternidade, profissão e vida pessoal não é fácil, e esticar o tempo esta fora de cogitação, e a rotina é difícil, é puaxada e fica dificil fugir dela, incluam seus filhos na rotina, e que eles sejam a parte mais doce e leve dessa rotina.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saudades imensa

Olá meus queridos, data ruim esta não?
Data que traz a tona o abraço que não pode ser dado, o afago que não será sentido, o amor que não mais será compartilhado.
Se dependesse exclusivamente da minha vontade, estáriamos todos aqui, vocês, meus filhos amados, sua avó, minha fada protetora, todos juntos, sentados a mesa, como sempre foi de costume nos feriados, prontos para recepcionar os familiares convidados a passar a data conosco.
Pedro Henrique, pequeno olhos negros, você é a página não acabada da minha vida, a dor que não cura, a ferida que não fecha, o sonho que não realizou, mas por outro lado, também é o inicio de um novo caminho, o ponto de partida para um novo sonho.
Maria Luiza, minha pétala de rosa, você é a fonte de fortaleza, o aprendizado dolorido, mas também é a fonte de energia que moveu o sonho a diante.
Mãe, fada de luz, amor incondicional, você foi o principio o meio e o fim da maior lição de amor que eu poderia ter na vida.
E por mais que a vida me dê, ao me tirar vocês, ela tirou metade do que eu era ou poderia ser, ao me tirar vocês, ela tirou metade da minha força para lutar.
Por maior que seja a felicidade que eu encontre em viver, sei que seria bem melhor com vocês.
Mas hoje aprendi a seguir em frente, sem a intermináveis noites de choro, sem a luta constante em sufocar os por quês, sem a raiva que eu carregava pelos péssimos profissionais que me atenderam no ocasião dos meus partos, sem a raiva contida por ter perdido você mãe.
Talvez, pela primeira vez eu me veja como a mulher que perdeu dois filhos e a mãe que tanto amava, aquele olhar de menina carente e solitária não existe mais, e aquela fragilidade absurda de uma menina que se via frustrada deu lugar a esperança de tornar a  vida e os sentimentos diferentes, e sei que essa onda de energia boa veio de vocês.
O meu amor por vocês, este trarei intrínseco no peito, por toda a minha vida, hora em meio a lagrimas, hora em meio ao sorriso ao lembrar da imensa alegria que senti o tempo que tive vocês perto de mim.
Hoje dedico a vocês minha oração, os meus sentimentos e pensamentos, que haja luz no caminho de vocês e serenidade no meu caminho.
Saudades enorme, esperança no dia em que nossos ciclos se cruzarão novamente, pode ser que caso isso aconteça não nos reconheçamos, mas o amor, esse sim se reconhecerá quando nossos caminhos se cruzarem.
Fiquem na Paz de Deus, meus amores!

sábado, 29 de outubro de 2011

Minha heroína

 

Criança adquire com facilidade diversas personalidades, e as vezes fica muito difícil saber quem acordou dentro de casa, e com a Vitoria não seria diferente, ontem a noite se despediu como Vitoria, e hoje de manha chamei pelo nome e ela não me respondeu, ai perguntei, você não esta ouvindo a mamãe e fui espiar o que ela fazia tão cedo no corredor, ai começa meu suplicio.

- Vitorinha você não esta ouvindo a mamãe chamar?

* Eu não sou a Vitoria.

- E quem é você então? Tira esse lençol das costas!

* Eu sou  a princesa que voa, e esse é minha asa de voar não é lençol. (como eu não notei isso antes?)

- Esta bem, mas guarda sua asa, depois que você tomar banho você pega a sua asa.

* Não pode tirar como eu vou voar?

- Você para de voar um pouco e depois volta a voar ué.

* Mas eu sou princesa borboleta, brigo com o bichão para ele não pegar você.

Ai depois desse argumento deixei Vitoria passar boa parte do dia com um lençol nas costas me protegendo, e olha que ela levou isso a serio, e todo mundo que tentava se aproximar de mim, ela vinha e me protegia, dando um certeiro chute na canela de quem se aproximava.

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Tirando a parte do chute na canela que ai eu não gostei, adorei a sensação de estar protegida, sem contar, que eu tinha uma heroína em casa e nem sabia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O tempo passa, o mundo evolui, e alguns homens simplesmente não saem do lugarzinho medíocre de sempre


Semana passada resolvi ir com minha filha a uma loja de calçados no Plaza Shopping Itu, Tima calçados, entrei, minha filha veio e me mostrou a sandália da Helo Kitty que vem com uma bolsa que ela tanto quer, aproveitei e dei uma olhadinha na vitrine de tênis, para poder aproveitar e comprar um tênis para mim também, cerca de 20 depois, estávamos lá ainda, invisíveis, uma adulta e uma criança, ambas negras e invisíveis numa loja onde vendedores passavam pela gente e nem nos olhavam, ai entra na loja uma moça alta, branca, cabelos claros preso num rabo de cavalo, e o vendedor que já tinha passado para lá e para cá na nossa frente, vira para essa mulher e diz: posso ajuda-lá em alguma coisa.
Espera ai, já passavam de vinte minutos que eu estava na loja, e ninguém se quer me olhou direito, ai me revoltei.
Avistei o gerente, fui com a minha filha bem perto dele e disse:
Filha vamos procurar outra loja para comprarmos nossos sapatos, ela me olhou com ar de triste já e perguntou por quê, ai eu desabafei:
Porque Vitoria, somos invisíveis, e a mamãe odeia fazer papel de invisível, nosso dinheiro não serve de nada aqui, ficamos esse tempão esperando para sermos atendidas, mas foi preciso entrar uma  mulher de cor de pele diferente para ser vista, essa loja não esta ao nosso nível.
Minha filha mesmo sem entender concordou em sair, e o gerente da loja permaneceu paralisado no mesmo lugar ouvindo tudo.
Eu podia jurar que a sociedade estava mais evoluída e instruída, mas não, existem uns poucos que gostam de fazer prejulgamentos por raça, aparência, religião, me enoja saber que ainda existam  pessoas com esta postura.
Resultado, minha filha ganhou o que queria, e a loja perdeu uma cliente, e assim como divulgo os elogios aos bons atendimentos, divulgo também os  atendimentos que deixam totalmente a desejar.
Pobres dos vendedores e do gerente que fizeram de mim e de minha filha seres inviáveis, não tenho raiva, mas pena, por serem seres tão pequenos e de valores tão $$$$ calculáveis.
E mantenho o que disse a minha filha, eles não estão no nosso nível, de esclarecimento, de sociabilidade e de cultura, por isso, não merecem nosso dinheiro!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

45 dias sem net…45 dias fascinantes

Graças ao meu roteador que resolveu pifar, e ao técnico q resolveu me dar diversos bolos e só hoje veio trocar meu equipamento, fiquei 45 dias sem internet, e quanta coisa boa aconteceu, de todas, o dia das crianças foi o mais emocionante de todos.
Aqui em casa o dia das crianças começou 1 semana antes da data comemorada, e a primeira coisa boa que aconteceu foi o acordo entre Vitorinha e eu, onde, cada brinquedo novo adquirido equivaleria a um brinquedo bom e não utilizado doado, assim minha filha ficou feliz e juntas fizemos outras crianças felizes.
Criança é o ser mais grato que existe, e não duvido disso de forma alguma, ainda mais quando minha filha me comprova isso a cada presente, a cada momento dividido.
Pedi desculpas para ela e disse que não teria dinheiro pra comprar o presente que ela me pediu, e pedi pra ela escolher outro presente, ela pensou, e me respondeu, posso trocar por um sorvete? (acrescento humildade as qualidades de uma criança), e eu respondi, pode, sorvete a mamãe pode comprar, levei ela na escola na promessa de que ao final da tarde compraria o sorvete, voltei pra casa, com o coração apertado pela mentirinha, peguei os pacotes dos presentes e escondi na casa da Tia Adriana.
Fui busca-lá na escola (ah, não era feriado, comecei a dar os presentes no dia 6…rsrsrs, não aguentei esperar), viemos conversando, comprei o sorvete, e ela veio pra casa feliz da vida com seu sorvete, bati na casa da minha irmã, e ela abriu um mega sorriso quando viu os embrulhos  bem de frente com a porta, me perguntou, de quem é? Quando eu respondi que era dela, ganhei um beijo e um sorriso, ai ela chamou a mim e a tia pra sentarmos para vê-lá abrir, ai vem a parte da criança ser o ser mais grato q conheço, abriu o primeiro presente e disse: mamãe, você comprou um carrão para mim, e assistiu pacientemente eu montar o carrinho dela, depois foi para o segundo pacote, pulou, sorriu, abraçou, beijou, tudo porque havia ganhado a piscina de bolinha que ela tanto queria.
Foi o dinheiro mais bem gasto de toda a minha vida, e do dia 6 ate o dia das crianças de fato, minha filha foi descobrindo um presentinho por dia, outros da mãe, da tia, e para a nossa total surpresa, do pai, e assim, filhota ganhou um monte brinquedos novos legais, e não se esqueceu de doar os que não brincava mais.IMG0301A
Meu dia das crianças foi magnifico, filhota feliz, distribuindo beijos, abraços e muito obrigado, e no final, fui eu quem ganhou o maior presente, quando no dia 12, depois de um dia cansativo de trabalho, voltei para casa e minha filha tinha rabiscado umas linhas em um papel, e veio me entregar, e disse, mamãe, desenhei um coração para você, escrevi o seu nome nele. De legível mesmo não havia nada no papel, mas foi tanto amor, que confesso, por uns instantes enxerguei o coração com meu nome escrito.
Quisera eu que todas as crianças do mundo, pudessem ter um dia, uma semana como tivemos, onde apesar dos presentes materias, o que mais foi ressaltado e valorizado, não podia ser tocado, apenas sentido.
Vi, obrigada anjo, por fazer feliz esse meu coração

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Virando a Página


Um dia, na minha infância,  alguém me disse que família era um elo que nunca se desfazia, quem foi que disse uma besteira dessa para uma criança? Nunca se desfazer para uma criança é nunca acabar, ou seja, acreditar que todos estariam ali para sempre.
E durante muito tempo foi nisso que eu acreditei, que eu envelheceria com todos ao meu redor, só não levei em conta, que todos enveheceriam também, e inevitavelmente alguns partiriam antes de mim.
Minha casa sempre foi uma casa de muita gente, na hora das refeições a mesa com 8 cadeiras era pouco as vezes, quando tinhamos visita, a sala também se tornava um lugar de refeições, se eu fechar os olhos sou capaz de ver: os mais velhos sentados a mesa, e nós mais jovens, espalhados pelos cantos da sala, cada qual com seu prato, seu copo, TV ligada, vozes, e o melhor, alegria em cada um de nós. Nos dias normais, tb era assim, familia toda a mesa, como toda boa familia, ate nesta hora tinham pequenas discussões, que acabam logo, e apimentavam as relações.
Quem diria, que os momentos que eu achava chatos, pois queria comer de frente com a Tv, hoje preencheriam meu coração de tanta saudades, e alegria por terem acontecido.
Ontem, rompeu-se definitivamente o elo vivo que eu tinha com meu passado, não há mais quem tenha vivido tanto tempo para nos contar as tantas e interessantes histórias.
Não haverão mais reuniões familiares em torno da lasanha de meu pai, do doce de abacaxi de minha mãe, e do cuscuz de minha avó.
Uns poucos desocupados da vida, me chamam de neta torta, por eu não ser filha biologica, isso j´pa me dou muito, hpje dói só um pouquinho, porque hoje tenho a consciencia, a real consciencia, de que a neta torta aproveitou muito mais que os netos “retos”, não todos, mais muito mais dos que alguns linguarudos que me entitulam de neta torta.

Desabafo: Cresci ouvindo minha avó materna me dizer insistentemente que eu não era neta dela, pois não era filha do sangue da filha dela, isso doeu muito, gerou raiva, ódio, brigas, mas tinha que ser assim, do contrário, não teria feito tanto sentido o momento em que eu e minha avó, nos perdoamos das ofensas, das humilhações, e zeramos tudo o que havia de negativo em nossos corações.
A quem me chama de neta torta, minha pena, por alguém ser tão imbecil a ponto de achar que o sangue tem mais poder que o coração.
De tudo o que eu ja ouvi e falei para a minha avó, o que meu coração guardará por toda a minha existência, é o dia em que sentada na sala, a mesma na qual tanto brigamos, ela me pediu desculpas e também me desculpou, e me disse que quando ela menos esperou e mereceu, eu estava ali por ela, mais ainda não vou esquecer quando ela disse que gostava muito de mim, e que em resposta a um eu te amo da minha filha ela respondeu: eu também te amo muito, e você nem pode saber o quanto. Naquele momento não houve um imbecilpra lembrar a ela que a minha filha era uma bisneta torta, porque imbecis não participam dos momentos felizes do coração.
Acabou ali essa historia de neta torta, porque uns tem o sangue e não tiverem o carinho e amor, e eu nao tenho o sangue, mas tenho o carinho e o amor.
Hoje, começa um novo tempo em minha vida, onde tenho que desapegar do passado, ficar apenas com as boas lembranças e os ótimos exemplos, e cuidar de construir para a minha filha uma familia tão INTENSA quanto foi a minha.
Da herança dos mais velhos, ficaram os primos, que tem lugar especial e reservado no meu coração, além é claro, das maravilhosas lembranças.
Minah avó falava muito da saudades que sentia dos filhos, da mãe, da avó, pois bem, hoje sei que no lugar da dor, ela sentirá satisfação em estar nos braços do Pai e entre os seus.
Nesses 100 anos de vida ela escreveu a sua própria história e algumas páginas nas nossas vidas.
Obrigada por ter feito parte da minah vida, na dor e no amor, porque ambos ajudaram eu a ser quem sou.
mamis e eu
vo
Vó Annna: Obrigada por permitir que juntas pudessemos reescrever parte de nossa história. Mãe: Obrigada, pela vida, pela identidade e por se fazer sentir quando eu mais preciso de você por aqui, só amor constrói isso!

Essa página encerra-se aqui!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O amor é a resposta


Vitoria com 1 semana de vida!

Só você, me olha nos olhos e alcança minha alma de forma tão delicada;
Só você, me conhece por dentro e por fora, na integra;
Só você tem o toque suave que acalma meu coração, que tira os meus pés do chão;
Só você tem o carinho que faz o mundo parar de girar, e congela o tempo;
Só você tem o dom de me fazer amar e temer a vida no limite.
E quando olho você assim, frágil, de choro ardido, de dor evidente, descubro que só você tem o poder de controlar meu coração.
Queria ter o dom de tocar seu corpo e tomar pra mim suas dores, queria ter no meu toque o alivio para o teu sofrimento.
É uma pena que ao dar-me o dom da maternidade, Deus não tenha me dado alguns super poderes, como o da cura por exemplo.
Te ver sofrer me faz faltar o ar, faz brotar em mim, medo de proporção descomunal.
Descobri que ser mãe não me faz super poderosa, mas que o meu amor, esse sim tem poderes, cura com um abraço, alivia a dor com uma canção.
Tenho a dois dias acompanhado a aventura da minha filhota madrugada a fora, chorando, gemendo, resmungando, estranhamente sorrindo, e quando eu pensei que era eu quem tinha ajuda a oferecer, vem minha filhota bolota e  me surpreende com a melhor coisa que um coração de mãe poderia desejar ouvir:
dicima1
- Mãezinha, eu ainda to com “xebre”?
- É Vi, ainda tem febre!
- Não to mais mãe, dormi no seu coração e a xebre melhorou.
- Como é dormir no coração da mamãe Vi?
- Quando eu “dórmo” “di cima”, assim óh. ( e ela veio e deitou sobre meu peito)
Quando eu iria imaginar que cada vez que você pedia para dormir “ di cima” da mamãe era para poder dormir no meu coração.
dicima2
Você me surpreende a cada dia.
E o amor se agiganta!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Eu não sabia que era capaz de….tanto amor


Descobri que o amor é algo que se expande a cada novo dia, antes eu pensava que amar era algo que acontecia e pronto, não se alterava, apenas se amava, nem mais e nem menos, sempre ali, na mesma medida,mas ai tornei-me mãe.
Minha rotina é sempre corrida, as vezes chego em casa desejando cama e mais nada, e se engana quem pensa que minha filha só por ter dois anos não entende as minhas necessidades. Quando o cansaço é muito visível, ela entra no banho comigo, deita e descansa me contando as coisas que fez na escola, na casa da tia, assistimos tv juntas, e quando menos espero, lá esta bolotinha cochilando concentrada na TV.
Nos dias em que chego disposta, tomamos banho e lá vamos resolver do que vamos brincar, ontem fizemos um bailão aqui em casa, com todos os tipos de música, pulamos, rimos, dançamos ( ela é a única que consegue me fazer dançar, pular e rir sem me preocupar com nada).
Se chego em casa brava ou muito nervosa, ela se transforma no ser mais meigo que já vi, senta do lado, faz carinho, fica carente e consoladora ao mesmo tempo.
E essa semana me peguei pensando, quanto amor ainda cabe em mim? Como pode alguém conseguir amar uma outra cada vez mais, em cada amanhecer uma evolução no campo do amor.
Como toda criança, minha filha é arteira e meia, semana passada ficou dois dias de castigo pelas desobediências, e depois disso voltou a se comportar muito bem, hoje ameaçou um pit, mas para não ter que ficar no castigo novamente, pediu desculpas e se redimiu com um sonoro mamãe eu te amo, em pleno desfile de sete de setembro.
Me peguei cansada de tanta coisa, exausta de certa forma com a vida, mas quando o assunto é a minha filha, que eu tanto esperei pra ver nascer e ver bem, não há cansaço, mal humor, só há amor, e um amor que cresce a cada dia.
É engraçado que ela sendo pequena consiga o que muitas vezes nem eu sei como: aprisionar a felicidade no toque das mãos, no som rouco da voz, e depois fazer ela se multiplicar entre todos que estão a sua volta.
E a cada dia que eu acordo e acho que já amei tudo o que podia, olho para ela, e descubro que a amo ainda mais.
Vitória:
Amo o seu jeitinho sapeca, e seu olhar de criança arteira;
Amo o seu cheirinho, e o seu abraço apertado que me aguarda todos os dias após o trabalho;
Amo o som da sua voz a me dizer mamãe eu te amo, e quando você diz: eu sou filha da mamãe Finanda;
Amo quando você está dormindo, amo quando você esta acordada, amo quando você aparece do nada com as respostas mais inesperadas;
Amo porque amo, e ainda acho que amo pouco pelo que você me oferece.
Filhota, você é meu presente de Deus.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Me desligando do mundo!

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E novamente estou em em um daqueles momentos que tenho vontade de apertar o botão off da minha vida, e ficar ali, desligada por uns tempos, e que este tempo seja suficiente para encaixar as peças que se soltam constantemente dentro de mim.                                           
Estou a procura de mim mesma, e já perdi a noção de quanto tempo me olho no espelho e não me acho.
Quero os meus sonhos, quero a minha auto estima, quero até mesmo os meus delírios, os anseios, quero de volta a coragem de ousar, para que com ela eu possa sair dessa estação falida na qual me encontro agora.
Não quero as facilidades da vida comandada de antes, adoro as minhas responsabilidades, adoro principalmente, dar conta delas, mas começa a ficar muito tenso, quando além das minhas tenho que dar contas das responsabilidades dos outros.
Ontem parei e pensei, deixe de ser egoísta Fernanda, mas em seguida pensei, como posso pensar em egoísmo quando a maior parte de mim esté funcionando em função de alguém que não sou eu (e não me refiro á pessoa da minha filha, esta eu abraço com o maior prazer do mundo).
Preciso me desligar um pouco, para que esta parte máquina que tb sou não piff ou entre em tilt antes do momento.
Tenho apenas 29 anos, não estava pedindo e tão pouco estava preparada para carga tão grande, tão pesada e tão indissolúvel.
É chegado o momento do recolhimento, dos bate papos entre eu e eu mesma, para quem sabe eu descobrir um caminho de volta, porque rota de fuga não combina comigo.
Preciso encontrar respostas que me façam entender, como posso trabalhar tanto, e em mais de um emprego, e a vida estar tão estacionada, e a tanto tempo estacionada, preciso entender por que, sem gastar em diversões e baladas, sem desperdiçar, mesmo assim meu dinheiro não dá, preciso entender o que me prende aos sangue sugas, nem amor justificaria isso.
É, realmente é o momento certo para entrar no estado off da vida, para poder ressusrgir com as respostas, mais que isso com as soluções, para entender pq eu sobrevivo e não vivo, sou auxílio e não possuo auxílio, sou conselho mas não tenho consolo, tenho que ser remédio, mas não tenho a minha dor curada.
Cansei, cansei dessa vidinha mais ou menos, e não é só dinheiro, o dinheiro não é o mais importante…o fato da vida estar assim, mais ou menos, meia boca, é isso que preciso achar a causa pra colocar em ação um antidoto.
Preciso achar a porta que vai me tirar desse cubículo em que me aprisionei, porque também não é justo que minha filha sendo tão pequena, tenha q dar conta de fazer essa mãe tão complicada, alguém assim, simplesmente feliz.
Preciso apertar o botão off da vida, e tem que ser já! ( e off não signifca delete, em momento algum!)

domingo, 4 de setembro de 2011

A difícil arte de ser Mãe solteira

mae-barriga-de-mulher-gravida-aparece-feto-fundoQuando uma mulher resolve ser mãe solteira, e pior, quando ela não resolve, mas resolvem por ela, a dúvida que paira é: será que vou dar conta?
As minhas duas primeiras gestações já foram solitárias, apesar de neste momento da minha vida o pai da minha filha ser a pessoa com quem eu dividia os meus dias, já era este o ensaio para a vida de uma mãe solteira. E talvez tenha sido isso que tenha me dado firmeza para enfrentar a minha terceira gestação (esta sim individual, conscientemente e por escolha).
Quando minha filha estava linda e protegida na barriga, a minha preocupação limitava-se a, será que desta vez vai dar certo? A  enxoval e a ter certeza que eu saberia que hora alimentar, que hora trocar, que hora o choro seria de dor…isso norteava os meus pensamentos.
Mas foi no dia em que minha filha nasceu que meus fantasmas se multiplicarão. Um ser minúsculo, frágil, que nascera antes da hora, e por isso necessitava de uma atenção redobrada, cujo intestino era a parte do corpo que ainda faltava mostrar que sabia funcionar sozinho…entrei em pânico após 24 horas de vida da pequena e ela só fazia xixi, nada do numero 2 e a pediatra dizendo que sem o nº 2 nada de alta, e ela chorando por conta de cólicas intermináveis…e eu muito afim de pedir socorro.
Foi ai que a ficha caiu de vez, pedir socorro a quem? Mamis, falecida, Vovó, com 99 anos e morando longe, em casa, eu e eu, foi ai que abracei de vez a minha escolha, peguei filhota chorando horrores por conta da cólica, olhei para aquela miniatura de mim, e disse, filhota, 3 da manhã, só estamos eu e você, ah, e algumas enfermeiras no corredor…bem animadas falando sobre o bumbum de um médico mega bonito que havia estado por ali durante o dia...(maldade interromper o papo delas pra me ajudarem com a criança se acabando de chorar, não é?), pois não interrompi, parei, respirei fundo e comecei a buscar na mente tudo o que eu havia lido por sete meses, sobre dores, cólicas, choros,peguei minha gatinha, coloquei deitada de bruços sobre mim, e instintivamente minha mente criou uma musica, que acreditem, até hoje, com ela no alto de seus 2 anos e 5 meses se acalma ao ouvir, resultado: filhota dormiu gostoso sobre a mamãe, e passou a dormir assim, até o dia em que resolveu que ali já não era mais legal de dormir.
Mas quem dera se a única preocupação de uma mamis que também é papis fosse filhota com cólicas.
Vieram os dentes, os tombos, as noites acordadas ao lado do berço com um termômetro e um antitérmico na mão, as inúmeras tentativas de descobrir o porque do choro insistente…que não era cólica, não era fome, não era manha, era dor…mas dor de que?
Chegou a época da creche, e veio o medo da pequena pedir explicações do porque o pai não estava ali presente, e ela quis saber, um dia do nada: mamãe, cadê meu pai, ele não mora aqui?
R: Seu pai mora lá na casinha dele, na nossa casinha só moram nós duas, princesas lindas.
Depois disso, dormiu um dia na casa do pai, e nunca mais perguntas sobre cadê meu pai, ou porque ele não esta aqui.
Surpresa maior veio na festa do dia dos pais, quando pequena me pergunta, o meu pai não vem, e eu digo que não pois ele esta trabalhando, e ela me olha diz, mas você veio mamãe, eu te amo mamãe (ops, quem é a criança que não entende as coisas aqui?).
Depois disso, o fantasma que me perseguia foi embora, eu me achava a pior das mães pois havia privado minha filha do convívio familiar tradicional, pai, mãe, todos juntos, e na realidade, privei minha filha de um ambiente bagunçado, de traição e brigas, de leviandade e indisciplina.
Ser mãe solteira, dá medo, sozinha somos responsáveis por formar a personalidade de alguém, afinal, nossos filhos se espelharão no que ensinarmos a eles pra se formarem cidadãos, e como é grande o medo de errar.
Mas depois de observar a minha pequena, com dois anos e cinco meses, pedindo licença, por favor, obrigada e desculpa quando nota que errou, quando observo o carinho com o qual ela trata as pessoas, cheguei a conclusão que ser mãe, seja solteira ou não, é errar e acertar, dá trabalho, tem momentos de prazer e de preocupação, pode dar certo ou não, mas só saberemos depois de nos entregarmos com amor a dadivosa tarefa de ser mãe.
Ser mãe solteira não pode ser visto como uma vergonha, mas como uma batalha, onde o único prêmio que nos interessa é a vitória, ou seja, é vermos nosso filhos bem, saudáveis, educados, generosos, amorosos, cidadãos de bem.
A todas as mães solteiras, meu sincero carinho, e não desistam, se errarem, recomecem, consertam, e não se permitam a criticas vazias, somos vencedoras só por não termos desistido dessa missão!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Invasão Tecnológica

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Confesso que não passo um dia se quer sem fazer o uso de algum artigo tecnológico, em casa faço uso de celular, computador,Tv, DVD e  o preferido de todos vídeo game, quando por algum motivo fico sem, acreditem, altera de certa forma meu humor, me deixa inquieta.

Nos últimos dias apareceram uns probleminhas de saúde, e óbvio eu teria que estar indo a médicos, fazendo exames, até ai tudo bem, mas quando o médico utilizou a palavra internação, a primeira coisa que me veio a cabeça foi, como eu faço pra ficar internada sem as minhas distrações?

Quando me internei para ter a minha filha, fiquei 3 dias no hospital, e para a minha sorte eu tinha um bebe para olhar, mas nos horários que ela estava dormindo, lá estava eu, a toa, ou, fotografando, fotografando muito, mas era pra ter algo para fazer, pois não me agrada em nada a ideia de ficar enjaulada.

Pois bem, ontem pela manhã fiz os exames que o médico havia solicitado e fui trabalhar feliz e contente (força de expressão, estava morrendo de dor), mas fui. A noite fui levar os resultados para o médico ver (abençoado seja o plano de saúde, que permite flexibilidade no horário de consultas, tem até aos finais de semana), chegando na consulta, qual a grande surprise, PA nas nuvens. Como nem tudo é perfeito, o atendimento no meu convenio se encerra as 22h depois disso te encaminham para o hospital mais próximo ou o de sua preferencia…escolhi o de minha preferência, e lá fui eu, firme e nem tão forte assim, achando que ia só tomar uns remedinhos pra pressão e voltar para casa.

Tudo bem, nem sempre as coisas saem como queremos, a pressão reduziu, mas não o suficiente para eu poder passar pelos procedimentos que me são necessários para manter a boa saúde, mas tudo bem…pensei, fico aqui mais um pouco já resolvo tudo e vou para casa, oi!? Casa!? De onde tirei que ia para casa, acho que do meu desejo infinito de estar nela.

Mas reclamar para quê, agora é possível trazer para dentro do hospital a tecnologia q preferir ou couber,a exemplo disso sou eu que não fiquei sem net em momento algum, tudo bem que estou sem celular, mas o note e vídeo game vieram comigo…(nem tenho idade pra vídeo game, não é mesmo? Mas que me distrai, ah distrai).

Agora pela manhã tive uma boa noticia, vou para casa, tomarei remedinhos por 4 dias e depois, hospital novamente, mas até ai tudo bem, já sei que posso ficar lá sem me afastar das coisas que gosto, melhor ainda, estou voltando para casa sem aquela dor infernal que se fez minha companheira inseparável a exatos 7 dias.

O melhor de tudo de ir para casa, além de estar com a filhota e com os amores da minha vida (inclui família, namorado, amigos, cachorro), é que vou poder trabalhar. Adoro as minhas folgas, mas confesso, estar em casa a toa, me incomoda muito, fico estressada de estar a toa, enquanto tenho serviço de casa, maravilha, mas a hora q acaba, ai fico doidinha, é pro conta disso q nos dias de folga, passeio, passeio, passeio.

Que venha o que vier, vou de mala tecnológica e cuia para o hospital, e assim ficarei mais próxima dos amigos, da filhota que com a ajuda do Tio dela já ouve e vê a mamãe pelo msn, e quando eu voltar, será uma pagina virada e terá lá uma página em branco novinha para eu não deixar a vida parar!

O que seria de mim, sem essa tal tecnologia!?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Saindo da inércia

Lendo um post no blog da minha amiga Renatha, encontrei respostas para perguntas que há tempos me faço. Através do maravilhoso texto por ela escrito e publicado, entendi que as minhas maiores falhas não estavam nas escolhas erradas que fiz, ma principalmente no péssimo hábito de achar que era jovem ainda, e que dispunha de tempo para realizar posteriormente.
Com 12 anos recebi um convite para ir jogar futebol em outro estado, não fui achando que haveria tempo pra fazer isso depois, ainda era muito jovem, optei pro ficar ao lado da família e amigos, e o tempo não perdoa.
Tempos depois, mais velha, dividia meu tempo entre faculdade pela manhã, handebol a tarde e curso técnico a noite, mas não me preocupava em correr atrás de experiência profissional, me julgava jovem ainda, e com tempo para resolver isso mais tarde.
O tempo passou, não fiz nada com os diplomas que conquistei, pensando que haveria tempo mais para frente para decidir com calma que rumo seguir.
Quando entrei na faculdade de Jornalismo, pensava que ainda era jovem, e que tinha tempo para continuar fazendo cursos atrás de cursos, até a hora que encontrasse uma profissão que me encantasse.
Arrumei um emprego bom, em uma das áreas que havia estudado, e na primeira dificuldade, resolvi que não queria esquentar minha cabeça, e pedi demissão, de um emprego de excelente salário e carga horária favorável, eu julgava que teria tempo para correr atrás disso no futuro, que teria tempo para conseguir outro emprego tão bom quanto, afinal, eu ainda era jovem.
Foi este também o pensamento que me encorajou a trancar a matricula na faculdade de jornalismo, acreditar que eu era jovem, e que haveria tempo para retomar tudo mais para frente.
E ontem, ao ler o blog me dei conta de que abri das melhores e maiores oportunidades da minha vida, por falta de maturidade, por achar que ainda era jovem demais e que haveria tempo para realizar tudo futuramente.
Da 1ª ocasião que citei, quando eu tinha 12 anos até o presente momento, se passaram 17 anos, ea juventude que antes parecia eterna hoje é um acelerador do tempo, que vem me mostrar dia após dia que eu não tenho tempo, que eu nunca tive o tempo que pensei ter, pois na roda da vida, a marcação de tempo útil é uma só, e cham-se agora!
E deste post, conclui que  errei também quando julguei ter perdido definitivamente as oportunidades, não sou mais jovem como no tempo do futebol ou da faculdade, tão pouco tenho a vida sossegada que tinha antes, mas hoje, ainda é tempo suficiente para eu construir, para eu plantar a tempo de colher os frutos do meu plantio.
A maturidade veio, e não veio de forma suave, e mesmo assim demorei para enxergar que no calendário da vida, o tempo hábil não é o amanhã, e sim o agora.


Re, obrigada pelo chacoalhão...sai da inercia!

sábado, 13 de agosto de 2011

C.I. Lucy Franco Motoro - Maternal I-B

Tias do Maternal I-B

Recebam este recadinho como forma de agradecimento, pelos cuidados oferecidos a minha pequena Vitória, que é a luz da minha vida.

Ser mãe não é tarefa fácil, mas abracei essa missão com alma e coração. Antes da Vitória, vieram o Pedro e a Maria Luiza, que quis Deus que partissem sem que eu pudesse ter o prazer de trazê-los para casa.
E quando eu já pensava em desistir, papai do céu me mandou a Vitória para me dar vida nova.

Voltando da escola
E vocês tem tornado essa vida nova muito mais alegre e emocionante.
A cada nova conquista da minha pequena, a cada novo aprendizado meu coração transborda de alegria.
Vestida para o 1° dia de aula
O brilho nos olhos da minha filha ao falar das Tias, dos coleguinhas, a alegria ao contar do dia que passou na escola, são coisas que palavra nenhuma que eu escrever ou pronunciar, possa expressar a grandeza do meu agradecimento.
Porém, apesar de simples, recebam o meu muito obrigado, pelo bem incalculável que fazem a Vitória, que é a razão da minha vida, a motivação da minha luta, a recompensa pela minha não desistência.
Á vocês, o meu carinho, a minha admiração e total respeito.
Através do competente trabalho de vocês, pude e posso viver momentos inesquecíveis.
Meu 1° dia das mães
Nossa 1ª festa Junina


Meu 1° dia dos pais.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quando a maternidade não resolve

Depois que deixei meu lado anti social de lado, e passei a me comunicar mais com as pessoas, conheci mais mães que vivem que na mesma situação que eu, ou seja, solteiras e com seus filhos para criarem.
Muitas delas nem se quer recebem a pensão de seus filhos, e tantas outras quase nem se lembram do rosto do pai de seus filhos.
Neste mundo de mães e filhos solteiros, afinal, as situações de peso e dificuldade apertam não só para as mães, mas para os filhos também, nesse mundão, descobri a minha maior fraqueza, que é a de nada poder fazer quando a minha pequena chama pelo pai.
O pai da minha filha é um mutante, porque em determinado tempo é presente, pai competente, paga pensão, dá presente, no momento seguinte, desaparece,  e passa a aparecer 1 vez por mês, no dia da pensão, numa visita relâmpago, promete o mundo e não cumpre nada.
Nesse meio campo confuso, minha filha, que quer ligar para o pai todo dia, chama por ele, cobra de mim o porquê do pai ter dito que vinha e não ter aparecido, e eu sempre com a mesma desculpa, seu pai esta trabalhando filha. Essa era a desculpa, até ela aos dois me dizer, mas você trabalha e está aqui.
Pedi forças pra Deus, e expliquei que o trabalho dele é diferente, cansa mais, e é muito longe, mas no fundo eu queria ter respondido que neste jogo, somos somente nós duas, que o pai dela não vem vê-la porque não quer, afinal, não perde um final de semana de futebol, mas não respondi, mais uma vez contornei a situação.
Ai me vi diante de uma situação que a maternidade de nada vale, pois não é a minha ausência que ela sente, eu estou sempre presente, não existe emprego, compromisso, doença que me faça perder os momentos de minha filha, que me faça sair do lado dela, me senti impotente.
Nada tem tanta capacidade de ferir o coração de uma mãe, do que aquilo que atinge o coração de seu filho. E é o que esta acontecendo aqui em casa, a raiva que o coração da minha filha não conhece, esta nascendo no meu coração, a cada choro, a cada promessa que o pai faz e não cumpre.
Dia 13 na escolinha dela tem a festa do dia dos pais, e o pai dela disse que não sabe se vai poder ir porque tem que trabalhar, engraçado, se fosse uma partida de futebol, ele já teria conseguido dispensa, ou inventaria uma dor de estômago pra ficar em casa.
Fico vendo uns pais que levam os filhos ao parque, a escola, que brincam, que interagem, e sinto por ter escolhido tão mal o pai para a minha filha.
Mas, quando a maternidade não resolve, o amor ameniza!

domingo, 7 de agosto de 2011

Brincadeirinha

Num comentário deixado no meu blog, minha amiga Renatha  me aviosu de uma brincadeira que tinha lá pra eu fazer, demorei pra ver, mas não vou deixar de brincar..lá vou eu.
A brincadeira é que eu devo relacionar dez coisas das quais eu gosto muito, então, deixa eu ver:

  1. Ser mãe - gosto, amo, muito, não sei como seria minha vida sem a maternidade como parte dela, sem minha filha na minha vida;
  2. Minha casa - adoro estar em casa, de bobeira, só eu e minha pequena. Qdo tenho a aoportunidade de ficar sozinha em casa, rs, dou um jeito de trazer minha filha pra perto para ficar comigo;
  3. Brincar - amo brinquedos, e ser mãe só ajuda no quesito brincadeira;
  4. Colecionar carrinhos - gosto muito, miniaturas, controle remoto, flexão (minah filha destruiu a maioria, mas come la eu não briguei, não doeu);
  5. Trabalhar - não importa no que, desde que reflita em beneficio a alguem, adoro trabalhar no hospital por isso, muitas vezes a unica visita que o paciente recebe é a nossa, ai eu bato papo, animo, e saio com a ensação de missão cumprida;
  6. Estudar - adoro descobrir coisas novas, estar sempre aprendendo e aprendendo;
  7. Futebol - se eu pudesse jogava e assitia futebol todo dia;
  8. Amigos - estar na companha dos meus amigos é algo que amo, passaria um dia todo jogando conversa fora, rindo, e até mesmo em silêncio na companhia dos amigos;
  9. Conversar - falo pelos cotovelos e adoro falar, me comunicar;
  10. Internet - já não sei ficar sem.

Agora devo indicar outros bloqueiros para a brincadeira:

A vida de uma tentante

Relacionamentos, vida & cotidiano

Brincando a gente aprende

domingo, 24 de julho de 2011

Ausência e conquistas

A uma semana mudei totalmente a minha rotina, de um emprego passei a dois, de 6 horas trabalhadas por dia passei a 18, e de mãe sempre presente passei a uma mãe quase 'presente', e essa mudança me rendeu as mais diversas perguntas e questionamentos.
Confesso que no inicio quando os questionamentos começaram até me senti culpada, mas depois pensei comigo mesmo, mas tudo tem um propósito justamente voltado ao conforto da minha filha, fora as diversas vezes que pensei, 'o que esse ser tem a ver com a minha vida e as minhas escolhas'.
Tirando o cansaço, o que tem me incomodado mesmo é a falta de tempo para ficar com minha filha, porém, notei que a qualidade de nossos poucos momentos aumentou em ambos os lados, Vitória não fica aprontando o tempo todo, mas brinca mais comigo, carinhosa ela sempre foi, mas confesso que estou ganhando muito mais beijinhos, abraços, eu te amo e vc é linda.
Ao final dessa primeira semana de maior ausência, minha gatinha, com apenas dois anos e quatro meses me surpreendeu, tamanha a compreensão dela sobre o que esta acontecendo.
No dia da minha folga do hospital, em que passamos o dia todo juntas e só fui trabalhar a noite na fábrica, conversei com ela sobre o porque de estarmos nos vendo pouco, no dia seguinte quando cheguei em casa pela manhã, lá estava minha gatinha no portão me esperando, entramos, fui tomar banho e ela foi junto, quando saímos do banho ela me disse, mamãe, deita ai na cama que eu vou fazer massagem em você pra descansar. (adorei a massagem).
Disse para ela que estava precisando mesmo, mas que não podia descansar muito, pois eu tinha que limpar a casa, mas com a massagem da gatinha acabei pegando no sono, e quando acordei, ouvi um barulho de agua, quando desci da cama pisei naquele monte de agua no chão, até pensei em brigar com ela, mas calei e esperei ela me dizer o que estava fazendo, e maior foi a surpresa quando ela me disse: oi mamãe, pode descansar mais um pouquinho, eu tô limpando a casinha pra vc, e la estava ela com a vassourinha dela esfregando a agua no chão.
Engraçado, enquanto tantos adultos me questionam, a minha pequenina me compreende e até ajuda.
Pretendo ficar nesta rotina dobrado só até o final do ano, tempo suficiente para a ampliação da minha casa, que trará mais conforto, e tempo para eu colocar em prática a festa de natal que estou querendo dar para a minha pequena.
Respondendo a quem perguntou, como eu consigo deixar a minha filha pro tanto tempo, respondo:
Eu não consigo, mas tento e tento, e penso nela, e levo no celular fotos e gravações de conversas dela, e isso me dá energia para não desistir.
Consigo insistir na batalha porque sei olhar para o passado, quando ela ainda era um bebê, e faltou agua, luz, fralda e leite, quando não apareceu ninguém para me perguntar, como eu conseguia passar por tudo aquilo acreditando tanto que daria certo, consigo quando penso no imenso amor que tenho pela minha filha e na falta de conforto de nossa casa, consigo, porque uso meu tempo para cuidar da minha vida e da minha família, e trabalhar é uma forma de cuidar da família, acreditem.
Já a quem me questionou sobre como eu aguento a rotina pelo cansaço que ela me causa, respondo:
Se eu tiver a certeza de que minha filha será plenamente beneficiada pelo meus esforços, sem que seja prejudicada em nada, dobraria a rotina, triplicaria, pois por ela, até o cansaço pode ser deixado de lado.
 E para os poucos que entenderam e me deram força, obrigada, esta sendo mais fácil do que eu imaginava, porque ainda tenho tempo para trabalhar, descansar, cuidar da casa e da filhota, e tudo com qualidade, com dedicação.
Querer melhorar, querer crescer é uma energia que vem crescendo dentro de mim, que vem criando sonhos, sonhos estes que comecei a realizar.
Na dificuldade sem notar, fiz da minha filha a minha amiga e ela me fez sua amiga também, brincamos juntas, assistimos desenhos, conversamos, brigamos, mas principalmente, nos entendemos, pois mais que mãe e filha, somos cúmplices em um amor sem limites e sem vergonha de se demonstrar constantemente.