sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Humm, xô depre!

Sabe-se que os anos estão passando mais que depressa, quando os ideais mudam, os medos mudam, e os sonhos mudam.
A um tempo atrás minhas prioridades se resumiam em estudar, trabalhar quando convinha, sair com amigos e namorar, mais namorar do que todos os outros. (quanto tempo perdido).
Mas ai vieram os filhos, e a dor de perder dois de meus filhos e o processo de amadurecer veio como um furacão sobre mim.
Minha mãe sempre me dizia que o que a vida  ensinasse e eu não aprendesse no amor, aprenderia na dor, e foi bem assim que aprendi.
Mas voltando ao assunto de envelhecer, de ver a juventude passar, nesses últimos dias tem pesado sobre mim inúmeros questionamentos, sobre minha postura como mãe, sobre meus anseios profissionais, sobre o meu medo de faltar para a minha filha, sobre a minha falta de vida social, sobre a tristeza que venho driblando desde a morte de minha mãe, sobre o amor secreto que trago no peito, e a divisão que ele impôs em minha vida de estar com alguem e amar outra, e o fato disso vir acontecendo a anos, e o principal, de quanto tempo ainda tenho para viver nessa roda louca que é a vida.
E me vi ali, sentada em frente aos espelho, com 29 anos de idade e com peso de 100 anos sobre as costas, e com o peso de alguem que já esta encerrando o seu ciclo.
Ops, eu disse encerrando o ciclo?
Pois bem, foi ótimo eu me olhar por horas no espelho e me ver ali morrendo, porque é isso que eu estava fazendo, morrendo, me prendendo numa redoma minuscula, sufocando os sonhos, ludibriando os anseios, e me ver e me sentir ali, daquele jeito, reacendeu em mim a coragem de encarar a vida, mas não com alguem que apenas sobrevive, e sim com alguem que vive, que escreve sua própria historia, que aprende com sua própria historia.
Sei que a dor e a tristeza por aquele que partiram da minha vida irão em acompanhar sempre, mas estou enxergando agora um colorido lá ao fundo da tela da vida, que tem me mostrado que vale a pena ser feliz pelas coisas que ganhei, pelas pessoas que conquistei e que não são poucas, pelos sonhos que ainda tenho, pelos passos que já estou dando.
Demorei seis anos, seis longos anos para entender, ou melhor, para aceitar,  que eu preciso de ajuda, para me ajudar a equilibrar a dor, o amor, as perdas e conquistas, demorei seis longos anos para perceber que embora tivesse alguns momentos de felicidade, eu estava mesmo era só empurrando com a barriga, esperando meu ciclo terminar.
O que? Terminar? Ciclo?
Não, não, encontrei em mim, lá no fundo, uma palavrinha que tem sido o carro chefe dessa minha nova tentativa: RECOMEÇAR.
E é o que eu quero para o ano novo, que mais do que ele seja na integra um  novo ano, quero ser eu um alguém novo nesse novo ano.
De repente, não mais do que de repente, bateu uma vontade de mudar a escrita, de reescrever um trecho da historia sem medo de julgamentos, de repente, mudar a historia toda, excluindo ou mudando personagens.
Meu desejo para o ano novo é: Ser uma pessoa nova neste novo ano!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante!